Olá nação são paulina.
Em um jogo diferente, sem transmissão da TV, o São Paulo conseguiu sua segunda vitória consecutiva, desta vez contra o Athletico Paranaense, embalando o time para o restante da competição e para o clássico contra o Corinthians.
Fernando Diniz manteve a escalação do jogo contra o Sport, com Léo e Diego Costa na zaga, Gabriel Sara no meio-campo, e Vitor Bueno fazendo o ataque com Pablo e Luciano. No primeiro tempo, o time teve muitas dificuldades, pois embora tenha tido maior volume de jogo, não conseguiu transformar isso em chances efetivas de gol, com o Athletico sendo ligeiramente superior, obrigando Volpi a fazer defesas importantes.
No segundo tempo, Diniz fez duas mudanças que foram fundamentais para o jogo, que foram as entradas de Hernanes e Paulinho nos lugares de Sara e Vitor Bueno. O que viu-se foi um São Paulo amplamente superior, lembrando, inclusive, os bons momentos que o time vinha tendo antes da paralisação. Hernanes fez grande jogo, com bastante participação no setor ofensivo, com bons passes e lançamentos, e também pisando na área como elemento surpresa, enquanto Paulinho entregou aquilo que a gente espera, que é o drible em velocidade, criando boas situações de gol.
Também destaco o Luciano, autor do gol da vitória tricolor, chegando a 3 participações diretas em gols em 3 jogos (2 gols e uma assitência), pois além do gol, mostrou boa entrega e movimentação no setor ofensivo.
Porém, o que tem me agradado nesses dois jogos tem sido a nova dupla de zaga, formada por Diego Costa e Léo. Ambos têm jogado muito bem, com bons desarmes e proteção da defesa, mas principalmente têm mostrado qualidade na saída de jogo. Essa mudança foi feita, não apenas pelo mal momento da antiga dupla, Arboleda e Bruno Alves, mas também por conta das características do time. Além da saída de bola com qualidade, Fernando Diniz pede que a defesa faça o que se chama de “marcação alta”, que é o posicionamento mais avançado dos zagueiros, e isso só é possível com zagueiros mais leves e rápidos, o que tem sido bastante efetivo com esses jogadores.
Quando foi divulgada essa nova formação, eu fiquei com o pé atrás, pois achava Bruno Alves e Arboleda um dos pontos fortes do time, e achava que improvisar o Léo seria invenção, porém, temos que lembrar que faz parte da filosofia do Diniz achar novas funções para os jogadores, como fez com Caio Henrique no Fluminense, transformando-o em um grande lateral esquerdo.
E outro ponto, que aumentou a minha admiração pelo Diniz, é o fato de que o técnico está balançando no cargo, sabe que em uma eventual derrota, será demitido, e o que ele está fazendo? Ao invés de encher o time de zagueiros e volantes, buscando fechar o time e ganhar os jogos de maneira apertada, só pra garantir o emprego, ele decidiu não abandonar suas convicções, fez mudanças drásticas e ousadas na escalação, e está fazendo o time jogar dentro da sua maneira, pois sabe que será demitido de qualquer jeito, em caso de derrota, e sabe que não será enchendo o time de volantes e jogando de maneira defensiva que ele vai conseguir vencer. Bem diferente do André Jardine, que quando técnico do São Paulo, abandonou completamente suas convicções só pra não perder o comando do vestiário.
Para o próximo jogo não teremos nem Reinaldo, suspenso de maneira infantil, e Daniel Alves, com fratura no antebraço. Acredito que ele vai colocar o Léo na lateral-esquerda, sua função de origem, abrindo espaço para a volta de Bruno Alves ou Arboleda. Já para o meio, ainda está muito incerto o que ele vai fazer, não se sabe se o Hernanes será mantido no time titular, se o Sara vai perder espaço, ou se ele vai dar chance para o Luan. Na minha visão, a melhor escolha, visando também um maior equilíbrio, seria jogar com Luan, Tchê Tchê e Hernanes. E para você?
Saudações!