Qual é a pressa?

Olá nação são paulina.

Bom, já são quase 3 meses de pandemia e isolamento social. O Brasil, diferente de quase todo o resto do mundo, está cada vez mais longe de chegar em uma situação estável. Os casos de pessoas infectados e de mortes só cresce a cada dia, e não há uma única medida do Governo Federal para combater esse problema. Pelo contrário, somos o único país do mundo que não possui um ministro para a saúde em plena pandemia.

Porém, mesmo dentro desse cenário, por incrível que pareça, ainda há gente, até mesmo jornalistas conceituados, que conseguem defender a volta da vida normal, que conseguem ainda tratar a COVID-19 como uma mera “gripezinha”. Alguns comparam com a situação da Suécia, mesmo com o presidente do país afirmando que foi um ERRO eles não terem feito isolamento, alguns defendem o uso de cloroquina, mesmo tendo diversos estudos que mostram que NÃO É um medicamento eficaz, e agora já prevejo pessoas comprando a ideia do uso de ENXOFRE, após a fala proferida pelo Presidente da República.

casagrande
Imagem: Reprodução / SPORTV

Entre os temas tratados, aparece o da volta do futebol. Muitas pessoas, incluindo cartolas dos clubes, CBF e o Governo Federal, andam discutindo a possibilidade de voltar ou não o futebol o mais breve possível. No programa “Bem amigos”, com a participação do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, um dos maiores defensores da volta do futebol, Casagrande me representou com as suas palavras.

Casagrande foi ídolo do nosso maior rival, mas nem por isso deixo de admirá-lo, principalmente por conta da sua história de vida, de como conseguiu superar todos os seus fantasmas do passado. E tudo que foi dito pelo Casagrande, é exatamente o que sinto neste momento: como vamos pensar em volta do futebol em plena pandemia? Conforme já referi, não temos se quer ministro da saúde, e estamos discutindo a volta do futebol?

Na Europa, tivemos a volta dos campeonatos na Alemanha, em Portugal, e está previsto a volta na Espanha, porém, são países que adotaram diversas medidas de combate à pandemia, como a quarentena, diferente do Brasil, que nunca adotou medidas eficazes, pelo contrário, usou o COVID-19 como pretexto para uma guerra política e de ego, e a volta ao futebol por lá só foi feita depois que esses países atingiram uma situação estável, com redução no número de infectados e de casos ativos.

Então assim, eu sou um apaixonado pelo futebol, e fico ansioso de voltar a ver o meu time a jogar. Claro que fica a frustração de ter ocorrido essas paralisações, principalmente quando o São Paulo do Diniz vinha jogando muito bem, inclusive bom boas chances de ser campeão paulista e de fazer boa campanha na Libertadores, mas hoje vivemos uma situação séria, são vidas que estão em jogo. Está na hora de deixarmos o ego um pouco de lado, e de pensar na coletividade, pois caso o contrário, só sairemos dessa com a criação de uma vacina.

Saudações!

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