Saudações TRIcolores!
A manhã desta sexta-feira (10) começou bastante agitada nos bastidores do São Paulo Futebol Clube. Isso porque a não reapresentação do lateral-direito Daniel Alves, que se encontrava com a Seleção Brasileira para a disputa de partidas pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo Qatar 2022. Desmoronou a já conturbada relação entre clube e atleta.
Ao final desta manhã, o Diretor de Futebol Carlos Belmonte, acompanhado do Coordenador de Futebol, Muricy Ramalho e o Executivo de Futebol, Rui Costa, realizou, de forma oficial, um pronunciamento, comunicando a saída de Daniel do plantel do clube. Confira o pronunciamento do Diretor de Futebol na íntegra.
– “[…] Estamos aqui para fazer um pronunciamento a respeito da questão do jogador Daniel Alves. Daniel Alves e Miranda estavam servindo a Seleção Brasileira e deveriam hoje ter se apresentado para começarem os treinamentos normais, visando os próximos jogos do São Paulo. Miranda compareceu, treinou normalmente, mas Daniel Alves não compareceu. Fomos comunicads por seus representantes que Daniel Alves não retornará ao São Paulo enquanto não houver o ajuste da dívida financeira que o São Paulo tem com o atleta. Dívida essa que o São Paulo reconhece, tanto que, na última semana, já fez uma proposta buscando, justamente, o entendimento e o acerto dessa dívida, proposta que não foi aceita pelos representantes do atleta, algo comum e a negociação continuará, envolvendo o Departamento Jurídico e o Departamento Financeiro. No ponto de vista do Departamento de Futebol, nós comunicamos e tomamos a decisão e comunicamos ao técnico Hernán Crespo que Daniel Alves não estará mais à disposição para atuar no time do São Paulo.”
E, referindo-se à postura do lateral, Belmonte explanou:
– “Vale sempre lembrar que o São Paulo é mais importante do que todos nós. Todos nós trabalhamos a favor da Instituição. Ninguém, nenhum de nós, inclusive, é maior do que o São Paulo Futebol Clube.”
Desta forma, o técnico Hernán Crespo contará com Orejuela e Igor Vinícius para a disputa da posição (constantemente) abandonada por Daniel Alves. Há, também, a possibilidade da promoção de algum atleta das categorias de base, para compor o rol de opções para a lateral direita.
OPINIÃO
A saída de Daniel Alves, por decisão do Departamento de Futebol do São Paulo, mostra uma enorme evolução na postura de seriedade da Gestão Casares. Compartilhando da felicíssima fala de Belmonte, NINGUÉM é maior do que a Instituição São Paulo Futebol Clube e isso se aplica a qualquer funcionário, independente de sua bagagem ou nível de idolatria em clubes mundo afora. Seja você funcionário de serviços gerais ou atleta do mais alto padrão, você é empregado da Instituição, então você deve respeito e comprometimento com seu trabalho. Pendências serão resolvidas internamente para chegar a um consenso na solução de qualquer lide.
A “justa-causa” dada por Belmonte a Daniel Alves, engrandece o São Paulo e praticamente anula o (pouco) legado deixado pelo lateral com a camisa do São Paulo. Atleta que chegou com status de ídolo, declarando todo seu amor e paixão pelo seu clube do coração (será que é mesmo?), pouco contribuiu em campo. Desfalcando o clube em momentos importantes, envolvendo-se em polêmicas constantemente e que sairá pela porta dos fundos, deixando escrito na história a sua ingratidão e arrogância.
Há atletas que não ergueram uma taça com o São Paulo e, ainda assim, são mais ídolos do que o “Batuqueiro”, como é o caso de Alexandre Pato que, vendo que não conseguia contribuir com o clube. Concordou pela rescisão antecipada do contrato, abrindo mão de 40 milhões de reais (isso mesmo, quarenta milhões!!!) aos quais teria direito e Hernanes, que concordou em rescindir seu contrato, vigente até o final deste ano, abrindo mão, completamente, das cifras às quais ainda teria direito, em torno de 8 milhões de reais.
O amor à camisa define o ídolo. Vestir a camisa do São Paulo Futebol Clube exige suor, determinação, dedicação e, acima de tudo, RESPEITO! E respeito, sr. Daniel Alves da Silva, você nunca teve por essa camisa. Tamanha falta de caráter se explicita ainda mais, quando vemos a famosa declaração dada após o ouro olímpico: “Eu nunca falhei com o São Paulo, mas o São Paulo falhou muito comigo”. A instituição pode ter, sim, falhado financeiramente, durante a Gestão Leco, mas você nunca disse que após Casares assumir a presidência. Seus representantes recusaram todas as propostas de negociação das cifras atrasadas e muito menos assume que seus vencimentos desta temporada estavam todos em dia.
Por diversas e diversas vezes, quis se respaldar em cima dos títulos que ganhou na carreira (em nenhum deles sendo protagonista), mostrou falta de comprometimento com o ÚNICO clube que acreditou em você para um trabalho de longo prazo, se envolveu em diversas polêmicas, saiu para festas e baladas, quando lesionado, resolveu fazer uma social em casa para sambar. No momento mais importante de sua passagem pelo clube, na chance de levantar um troféu, abandonou o barco em plena final (Igor Vinícius assumiu a responsabilidade e fez 2 partidas espetaculares). Isso, porque Daniel Alves nunca falhou com o São Paulo.
Vendo essa atitude, não é de se duvidar que Daniel tenha encabeçado o movimento que culminou com a perda do Título Brasileiro 2020 e a consequente demissão do então técnico Fernando Diniz, pois é completamente injustificável tamanha queda no desempenho de um jogo para o outro, senão a interferência de algum “líder” do elenco, que motivou, inclusive, a saída de atletas como Brenner.
Agora, a temporada segue com um elenco fechado e muito mais vistoso. Sem a interferência de um atleta descomprometido e que pouco (ou nada) agregou nestes pouco mais de 2 anos no plantel do Clube.
Lembrem-se: NINGUÉM é maior do que a Instituição!
Heitor Franco
(@titofrancospfc)
