17 chutes, 4 no gol. 74% de posse. Mais que o dobro de passes do que o adversário. Maior precisão no passe. Mais escanteios. Menos faltas cometidas e menos cartões amarelos. Resultado final: derrota pelo placar mínimo, em casa.
Aquele típico jogo do “a bola não quer entrar”, mas não se resume a isso. O São Paulo, como tantos outros times, inclusive os grandes, está pecando em um fundamento muito importante pra fazer gols: a finalização. O Guarani finalizou 4 vezes, sendo 2 no alvo. 50% de aproveitamento. O São Paulo, menos de 24%. Números são exatos, futebol não. Eles não definem como será a partida, mas ajudam a explicar o resultado. Primeira derrota para o Guarani desde 1997. Uma noite para esquecer? Não. Jamais esqueça as derrotas, pois é somente com elas que se pode aprender e melhorar em algo.
O pedido por mudanças estava ainda mais forte para o próximo jogo, e elas vieram, não por motivos de melhorar o time, e sim para poupar o time “titular” para o jogo tão aguardado pela pré-libertadores, na próxima quarta-feira(06). Igor Vinícius e Léo foram aproveitaram bem a chance. Willian Farias também se mostrou uma peça importante para a temporada, além de Rodrigo, que teve a sua estreia em jogo oficial, e Antony, que entrou no segundo tempo e mostrou que não está nem um pouco nervoso. Mas acima de todos e mais importante e decisivo do que todos, lá estava ele novamente, o profeta Hernanes. Que jogador diferenciado, dentro e fora de campo. Antes, um discurso digno de quem honra jogar por um time como o São Paulo, depois, uma finalização de esquerda, para marcar o gol vitória e “salvar”, mais uma vez, o tricolor paulista.
Bom, que o time que temos é competitivo e forte, todos sabem. Tivemos falhas que considero naturais, ainda mais pelo momento de começo e estreias, mas penso que a confiança, mesmo que não tão forte, está presente com o São Paulo Futebol Clube para as próximas decisões.
Bruno Rodrigues