O Zubeldia, alegria, e torcedores iludidos. Em mais um jogo na segunda-feira a noite, o São Paulo honrou a camisa e fez brilhar os olhos da torcida, seja dos 40 mil no Morumbis ou dos milhões pela televisão. De virada, e com aquele sufoco que nunca falta, vitória por 2 x 1 pra cima do Fluminense, e entrada no G-6.
No 1º tempo, deu gosto de assistir, e um gosto muito doce. Pressão incessante, sufocando a arriscada saída do Dinizismo, e levando a vários erros do goleiro Fábio; em um deles, Juan perdeu um gol inacreditável, dentro da pequena área, e quem não faz… toma: aos 28 minutos, Arboleda errou o bote na intermediária, Keno saiu na cara do gol e Igor Vinicius desviou contra. Por sorte, Fábio entregou o ouro uma vez mais, e foi suficiente: quatro minutos depois, Juan ganhou do arqueiro adversário na ponta, e rolou na meia-lua da área pra Bobadilla conferir. Antes do intervalo, Diniz e Luciano trocaram “elogios” a beira de campo, e pior para nosso ex-treinador, expulso.
Na etapa final, o São Paulo voltou ainda melhor, tendo apenas um cochilo nos minutos iniciais. Aos 24min, Galoppo brigou na linha de fundo, tomou a bola e rolou atrás pra Luciano virar o jogo, mas o VAR chamou Anderson Daronco para anular. Aos 40min, depois de bate-rebate em cobrança de escanteio, Arboleda conferiu a sobra na pequena área, definindo o jogo. Já nos finalmentes, Rafael fez ótima defesa em chute de John Kennedy, e viu um lindo chute de Marcelo explodir na trave.
Notas:
Rafael – Pouco exigido, e quando precisou, fez um bom trabalho. 6.5
Igor Vinicius – 90% dos gols contra são perdoáveis, como aconteceu hoje. Lance de infelicidade, em um jogo razoável. 5.0
Arboleda – Salvo pelo gol, merecia uma senhora bola murcha. Terceiro jogo seguido abaixo do melhor nível, precisa voltar pra ontem. 7.0
Alan Franco – Trabalhou pouco, comprometeu menos do que Arboleda. 6.0
Patryck – Segue longe do que o São Paulo precisa na lateral esquerda, mas foi um pouquinho melhor hoje. 4.5
Alisson – Sempre esforçado, porém foi pouco participativo na hora h. 5.0
Bobadilla – Um dos melhores jogos desde que chegou. Apareceu na área como um nato oportunista pra empatar, ao melhor estilo Pablo Maia; temos substituto. 8.0
Rodrigo Nestor – Mudou a cara do time desde que retornou, por hoje um jogo mais apagado, apesar do esforço. 5.0
Luciano – Sempre ele. Chegando na área é letal, pena que o VAR gosta de aparecer. Encontrou sua melhor fase em algum tempo. 8.0
Juan – Outro candidato a uma bola murcha das grandes, se não fosse a ajudaça do goleiro Fábio… esforçado sim, mas atacante não pode perder as chances que perdeu. 5.5
André Silva – Pior atuação com a camisa do São Paulo desde que chegou, quase não apareceu no jogo. 3.0
Erick – Entrou aos 16 do 2º tempo, junto de outras duas mexidas. Cobrou o escanteio da vitória, mas não se destacou tanto. 7.0
Galoppo – Extraclasse, nas melhores condições sabe honrar a camisa que veste. Lutou pelo lance do gol anulado e foi recompensado, antes da gracinha do VAR. 8.0
Rodriguinho – Tem talento e com certeza vai ajudar o time, mas não foi hoje que mudou grande coisa. 4.5
Ferreirinha – Entrou pouco antes do gol de Arboleda, fez número em campo. 5.0
Welington – Veio nos acréscimos, muitos com certeza nem perceberam. Sem nota.
Luis Zubeldia – Armou uma excelente marcação pressão no 1º tempo, e manteve a pegada do time até o gol da vitória; não faltou esforço de ninguém, embora ele sozinho não decida nada. Também ganhou pontos por algo importante, a ser falado na bola cheia. 9.0
Nota geral – O time jogou honrando o nome do São Paulo Futebol Clube, como os quase 40 mil São-Paulinos mereciam, indo ao Morumbis em mais um horário ridículo. Um pouco mais de eficiência, e teríamos visto uma goleada na noite de hoje. 8.0
Bola cheia
90 minutos de intensidade – Marcação pressão e um jogo intenso de maneira geral custam da parte física, é difícil mantê-los por um longo período. Até o gol da vitória, não faltou disposição e esforço de ninguém pelos 3 pontos. Algo que também pode explicar o chilique de Fernando Diniz, já irritado com o sufoco imposto pelo São Paulo.
Lucas Moura – Como assim? Bola cheia pra quem não entrou em campo? Bola cheia para a sábia decisão de não entrar antes da hora, pra que correr risco de mais uma lesão? Não estamos mais em 2020, dependendo de um ou dois jogadores para vencer. Talvez a lesão de Calleri tenha sido necessária, para Luís Zubeldia entender que até a sede pela vitória tem seus limites, ponta solta que foi bem aparada na noite de hoje.
Bola murcha
Arboleda – Não vai ganhar uma bola murcha como pior em campo, mas vai ganhar uma. Na única chegada de perigo do Fluminense no 2º tempo, antes do desespero, estava mal posicionado na área, além da leitura de jogo errada no 0 x 1. É primordial para a nossa defesa, mas quando está em boa fase; daqui, não falta confiança de que voltará a ser um xerife nos próximos jogos.
João Silvino
(YouTube: João Silvino / Twitter e Instagram: @JPSilvino_2004)