Salve, nação Tricolor
Em despedida de Lugano, Tricolor só empata com Bahia no Morumbi. (foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)
O São Paulo recebeu nesta tarde (03) no Morumbi a equipe do Bahia, ainda sonhando com uma provável vaga na Libertadores do ano que vem, mas para isso, o Tricolor precisava fazer a sua parte, e torcer para que Chapecoense e Atlético Mineiro não vencessem os seus jogos. O primeiro tempo começou com o time mandante impondo um pouco mais o ritmo, procurando o jogo e mesmo que timidamente indo ao ataque, por sua vez, o Bahia parecia jogar por uma bola, esperava apenas o contra-ataque, e quando tinha, chegava com perigo. Mas o time baiano não ficou só nisso, foi se soltando na partida e começando a partir para cima do São Paulo, o jogo ficou lá e cá, porém a primeira etapa foi findada com 0x0 no placar.
O segundo tempo o São Paulo voltou mais intenso, não dando tempo para o Bahia respirar, o Tricolor foi para cima em busca de um golzinho que poderia ajudá-lo na tabela, logo aos 9′ Shaylon acertou uma paulada no travessão de fora da área, mas a resposta veio aos 10′ com Allione, que bateu cruzado e a bola passou rente a trave de Sidão. Até que, aos 18 minutos, Renê Junior recua a bola para o goleiro, que desatento a pega com a mão, o juiz marca tiro livre, que é cobrado por Brenner, o garoto abre o placar e marca seu primeiro gol pelo profissional. Após o gol o Bahia esboçava algumas reações, mas parava na defesa do São Paulo, o Tricolor começava a errar passes bobos, domínios de bola e com isso corria mais perigo, o jogo foi se arrastando assim até o final, mas antes, aos 43′ uma falta no bico da grande área, a bola foi alçada e Éder aproveitando o vacilo da defesa Tricolor, empatou a partida, não houve tempo para o São Paulo fazer mais nada, e mesmo que fizesse, os seus concorrentes pelo 9° lugar na competição haviam feito seus gols da vitória no final de suas partidas, ou seja, nada adiantaria.
Notas –
Sidão — Praticamente não foi exigido de fato durante toda a partida, porém não teve culpa no gol que sofreu. — 6,0
Éder Militão — Fez uma boa partida o volante improvisado, bom apoio defensivo e ofensivo. — 6,5
Lugano — Em sua despedida, o ídolo Tricolor fez uma boa partida, seguro em praticamente todas as jogadas ele não comprometeu o sistema defensivo. — 6,5
Rodrigo Caio — Firme nas jogadas, bem pelo alto e pelo chão, deu boas saídas de bola para o São Paulo quando os volantes estavam mais adiantados. — 6,5
Edimar — Partida razoável, sabemos de suas limitações, mas dentro daquilo que a partida exigiu, não comprometeu. — 6,0
Jucilei — Boa partida do volante Tricolor, ele que espera uma rápida resolução da sua permanência foi importante no sistema defensivo e também se desenvolveu bem ofensivamente. — 7,0
Petros — Fez uma partida boa, bem na marcação, se movimentou mais do que habitual e também apareceu bastante no campo ofensivo, porém acabou sendo expulso após o final do jogo. — 7,0
Cueva — Apagado em campo, o peruano não conseguiu desenvolver o seu melhor futebol, até tentou algumas poucas jogadas individuais e a maioria de seus passes não foram certos ou foram de lado. — 4,5
Shaylon — No geral fez uma boa partida, muita movimentação, sempre arrisca bons chutes de fora da área, porém falhou no lance do gol adversário. — 5,5
Marcos Guilherme — Sempre muita entrega na marcação, tem se focado mais nessa função defensiva e esquecendo um pouco da ofensiva, falta um pouco mais de objetividade, partida regular. — 6,0
Brenner — O garoto fez uma boa partida, se movimentou bem, buscou o jogo, errou em algumas decisões, o que é normal para sua idade, mas acabou fazendo seu primeiro gol pelo profissional. — 6,5
Dorival Júnior — Deu oportunidade para a molecada da base, correto, porém pela situação que exigia um pouco mais de experiência, até para não comprometer o resultado que vinha sendo lucro para um futebol que não estava sendo bem apresentado, acabou tendo sua parcela de culpa no resultado. Mas, num todo, regular. — 6,0
Bissoli — O jovem da base entrou, porém ficou pouco tempo em campo — Sem nota.
Gabriel Sara — Também esteve poucos minutos em campo. — Sem nota.
Thomaz — Entrou, e talvez tenha sido infeliz na falta que cometeu na entrada da grande área, falta essa que originou o gol do Bahia, creio que não precisava matar a jogada justo ali. — 4,0
Bola cheia —
Brenner — Mostrou personalidade na cobrança do tiro livre, chamou a responsabilidade da batida mesmo com apenas 17 anos e acabou fazendo o gol, precisa ser lapidado com calma e cuidado para que não vire mais uma eterna promessa, o garoto tem muito futuro!
Lugano — O ídolo demonstrou que mesmo sem atuar há um bom tempo e com 37 anos nas costas, a firmeza continua, atuou os 90 minutos de forma segura, foi o Lugano de sempre, jogou simples, brigou quando tinha que brigar, reclamou quando tinha que reclamar, mas ele sempre deixa aquela boa impressão.
Bola murcha —
Desatenção — É incrível como o São Paulo após fazer um gol ou ter a vantagem no placar, se acomoda de tal forma que deixa a desatenção dominar, parece que desfoca e acha que está tudo resolvido, mas não é bem assim, principalmente no sistema defensivo, o erro de marcação nos custou a vitória hoje, tudo bem que não faria diferença, mas erros assim não podem acontecer.
Abraços!
Luan Morais