Pois bem, que sejam abertos os portões de mais uma crise, no pior momento possível e de forma muito amarga. Com um 1º tempo tenebroso, e de novo com azar na etapa final, o São Paulo perde para o Fortaleza por 1 x 0, cai para 6º na tabela e chega a três jogos sem vitória. Nos últimos cinco, só venceu uma vez, e jogando mal.
O começo de jogo não podia ser pior: com 1 minuto, Breno Lopes saiu em disparada pelo meio, venceu Igor Vinicius na corrida e só parou derrubado pelo lateral, dentro da área; pênalti, convertido por Renato Kayzer. E até a metade da primeira etapa, a sensação era de que o São Paulo não havia entrado em campo: não achava a bola e muito menos o Fortaleza, que se apertasse mais, podia resolver o jogo. Perigo só levamos aos 18 minutos, e não bastasse a má atuação, o azar ainda reinava, com três chutes dentro da área travados após escanteio. A partir dali, o São Paulo conseguiu chegar mais ao ataque, porém com raro perigo, e deixando uma avenida pelo setor de Igor Vinicius. Aos 40, nasceu um contra-ataque gigante, um empate feito que se concretizou; porém, graças a demora eterna de Juan na origem do lance, Nestor recebeu impedido e o gol foi anulado.
No 2º tempo, o Fortaleza não veio em ritmo intenso, e o São Paulo se aproveitou para crescer e chegar mais ao ataque. Mas definitivamente, quando o problema não é a atuação, é o azar. Aos 18 minutos, Bobadilla carimbou a trave dentro da área, após sobra de escanteio e com João Ricardo vendido. Aos 29, foi a vez de Luiz Gustavo soltar um canhão do meio da rua, de novo explodindo na trave. Ao menos, as substituições de Zubeldia foram boas e “rápidas”, corrigindo os erros da escalação. Aos 43 minutos, o Fortaleza ampliou e teve o gol anulado de forma polêmica, o que rendeu um último suspiro ao São Paulo; porém, nada feito.
Notas:
Rafael – Foi pouco exigido, mas precisa melhorar em defesas de pênalti. Raramente acerta o canto. 5.0
Igor Vinicius – No ataque, até que se esforçou e tentou ajudar, mas defensivamente, protagonizou uma atuação tenebrosa. 3.0
Alan Franco – Apareceu pouco pelas circunstâncias do jogo, não foi culpado diretamente pelo gol sofrido. 5.0
Ferraresi – Em qualquer outro time, teria marcado o seu no 1º tempo. Também impediu o 2 x 0 após jogadaça de Hércules, se salvou. 6.0
Welington – Nem sempre o esforço é suficiente, mas é alguma coisa. Pelo menos isso mostrou. 5.0
Luiz Gustavo – Correu bastante, mas não ajudou o time como precisava. Ganha alguns pontos pela linda finalização na trave, por outro time teria marcado (e isso não é uma crítica). 5.0
Bobadilla – Um enorme contraste com Luiz Gustavo, discreta e péssima atuação. Teria sido salvo pelo chute que mandou na trave. 4.0
Wellington Rato – Irreconhecível depois da lesão, mais uma partida tenebrosa. Precisa de uma geladeira, até voltar ao nível de 2023. 2.0
Rodrigo Nestor – Mais um para quem o esforço não foi o bastante. E ainda foi sabotado pela incompetência que alguém que vem a seguir. 5.5
Juan – Vai sair do clube, nunca jogou 50% do suficiente para merecer tanta confiança… por que continua entrando em campo? Para continuar atrapalhando o São Paulo? 2.0
Jonathan Calleri – Lá vamos nós ao bordão infeliz: se a bola não chega, não tem Romário que faça milagre. Ele tentou com as bolas ruins, e logicamente não deu certo. 5.0
Reservas:
Ferreirinha – Entrou no lugar de Rodrigo Nestor. Não apareceu o bastante para mudar o jogo, não por sua culpa. 5.0
Luciano – Substituiu Juan, e tentou o que pôde, mas já teve jogos melhores vindo do banco. 5.0
Liziero – Entrou no lugar de Bobadilla, em sua reestreia. Pode dar certo em jogos futuros, por hoje não foi bem. 4.0
Erick – Se tivesse mais minutos, talvez conseguíssemos salvar a noite… nada explica estar mofando no banco. 6.0
Luis Zubeldia – Teimoso, covarde… o que acontece? Qual a justificativa para escalar Bobadilla, Juan e Wellington Rato? Qual a justificativa para deixar Erick, William Gomes e Negrucci mofando? Se escorar na lesão de Alisson é comodismo, quando os erros estão na cara da sociedade e não são mudados. 2.0
Nota geral – Um 1º tempo de completo desgosto, um 2º que não podia ser pior e teve alguma evolução. 4.0
Bola cheia:
Procura-se uma bola cheia, 1 milhão para quem achar uma.
Bola murcha:
Luis Zubeldia – Em sua nota, uma introdução do precisava ser dito. Aqui vai um complemento: será que nosso técnico é realmente covarde? Não tem pulso para colocar Jandrei no banco (quando Rafael estava fora)? Não tem pulso para deixar na geladeira jogadores que há tempos não performam? Se fosse por falta de opções, tendo apenas 11 e metade da meia dúzia, como Fernando Diniz em 2020, até que podíamos relevar. Mas temos bons reservas, uma base de potencial, e só jogam os mesmos. Não há justificativa.
Juan – Não que a torcida ainda espere alguma coisa, claro. Porém, já que continua jogando mesmo com a saída marcada, podia ao menos buscar dignidade no fim do ciclo, não é? Mas no lance que precisava ser útil, resolveu demorar mais que fila de hospital público.
João Silvino
(YouTube: João Silvino / Twitter e Instagram: @JPSilvino_2004)
