O dirigente são-paulino e ídolo do clube, Diego Lugano marcou presença na Rádio Energia 97FM, no programa Estádio 97, e falou sobre o momento são-paulino, o futuro, projetos, Cavani, jovens negociáveis…
Patrimônio do clube
“É verdade que o São Paulo está um pouco defasado, é público. Em compensação, tem um patrimônio em seus jogadores mais jovens. O São Paulo tem de dez a vinte jogadores vendíveis, fáceis de vender, como Liziero, Helinho e Antony, ou Igor Gomes e Luan”
Finanças
“Temos que achar o caminho do êxito, não existe só um caminho e temos que procurá-lo. O mais lindo do futebol, o que o faz o esporte mais apaixonante do mundo, é que o mais fraco ganhou do mais forte. Em outros esportes não tem zebra, mas no futebol se pode sim, se não pudesse o Uruguai nunca teria sido campeão do mundo ou da América, não tem um caminho para ser campeão. Os jogadores são o mais importante, obviamente que ter os melhores ou os que não são os melhores mas que estão em um contexto aonde estão confortáveis e podem dar um plus, faz diferença”
“Mas é possível concorrer com os mais ricos, como Flamengo e Palmeiras que contratam mais por terem mais dinheiro, mas sim é possível fazer um projeto sólido para bater de frente com eles sem ter o mesmo direito. O futebol é isso, sempre foi assim”
Futebol, o melhor esporte
“O mais lindo do futebol, o que o faz o esporte mais apaixonante e democrático do mundo, é que o mais fraco pode ganhar do mais forte. Em outros esportes não tem zebra, como basquete e futebol, mas no futebol se pode, sim. Se não pudesse, o Uruguai nunca teria sido campeão do mundo ou da América, não tem um caminho para ser campeão”
Importância dos jogadores
“Os jogadores são os mais importantes, mais que treinador e diretores, mas para ter os melhores ou jogadores bons que estão em um contexto aonde estão confortáveis e podem dar um a mais, faz diferença. Aí pode estar o segredo para concorrer com Palmeiras e Flamengo. É possível fazer um projeto sólido para bater de frente com eles sem ter o mesmo dinheiro. O futebol é isso, sempre foi assim”
“O elenco do São Paulo hoje, até mesmo com os garotos de Cotia, é muito sério. Os jogadores são muito profissionais. O elenco tem muita gana de vencer, mas está sofrendo um pouco com a pressão, com a ansiedade que hoje implica em jogar no São Paulo; mas não tem ninguém que você possa afirmar ‘está de sacanagem”
“Isso é um mito externo que se fala pelo fato do time não conquistar títulos. É um elenco que merece conquistar algo, e tomara que seja no próximo ano”
Linguagem corporal
“Às vezes a linguagem corporal do jogador, o que ele transmite para fora, gera uma empatia da torcida que pode ajudar. Isso também está no olho do treinador, dos diretores, para compor o elenco com jogadores que tenham essa diversidade. Não é só ser bom, você precisa parecer bom”.
“Talvez o São Paulo esteja precisando de jogadores que tenham essa linguagem corporal agressiva. Não quer dizer que os atletas não se doem completamente. É diferente. Tem caras que têm muita linguagem corporal, mas não correm cinco quilômetros por jogo. Tem cara que não transmite nada e correm 12 quilômetros” e prosseguiu: “Tem jogo que o São Paulo corre, corre e corre, luta, luta e luta, mas a característica emocional de nossos jogadores parece que não estão ligando. Mas ligam, sim. No vestiário choram, não dormem, ficam tristes, mas não conseguem transmitir isso porque é uma característica de cada um”.
“O Felipe Melo, por exemplo, contagia o Palmeiras. Tem o D’Alessandro, Vagner Love, Kannemann. Eu, por exemplo, tenho uma linguagem corporal que gerava empatia da torcida. É algo para se pensar quando forma o elenco”.
Cavani?
“Liguei para o Cavani há 2 dias para parabenizar pelo gol dele no PSG na Champions, mas não tem condições de trazer ele, é caro demais”