Ho Ho Hops… O final de ano financeiro do São Paulo

Conselho São Paulo FC | Divulgação: São Paulo FC.

 

24 de dezembro de 2021 e estamos a pouco mais de uma semana de completarmos um ano da gestão Júlio Casares, em quase 365 dias, tivemos no âmbito esportivo do futebol Masculino, a perda de um título Brasileiro com 7 pontos a frente do vice-líder, um título Paulista que não conquistávamos a 16 anos, quebrando também nosso jejum de títulos de 10 anos sem uma conquista, eliminação nas Quartas de finais da Libertadores diante do rival Palmeiras e na copa do Brasil também nas oitavas diante do Fortaleza. Ambas muito parecidas, vitórias praticamente garantidas em casa nas partidas de ida e eliminações vexatórias e dolorosas nas partidas de volta.

RESULTADOS FINANCEIROS – DENTRO DE CAMPO

Financeiramente ambas as eliminações deixaram de trazer ao clube em caso de título, uma verba de R$159,80 (R$96,5 milhões da Libertadores e R$63,3 milhões da Copa do Brasil), em caso de ao menos classificação a semifinal o clube poderia ter faturado R$18,650 milhões ($11,35 milhões da Libertadores e R$7,3 milhões da copa do Brasil). No Brasileirão a meta do clube era um 4° lugar que garantiria cerca de R$28 milhões ao clube, porém a péssima campanha e o 13° lugar garantiram apenas R$13,7 milhões ao clube, menos que a metade do planejado para a temporada da competição. Para a temporada 2021, foi traçado que o clube conseguisse as seguintes metas.

➔ Finalista do Campeonato Paulista – (Campeão) ✅

➔ 4° lugar do Campeonato Brasileiro – (13° lugar) ❌

➔ Quartas de Final da Copa do Brasil – (Quartas de finais) ✅

➔ Oitavas de Final da Copa Libertadores – (Quartas de finais) ✅

Por conta do “bom desempenho” em relação as metas traçadas, o clube conseguiu um aumento de 15% para o orçamento de contratações em 2022, em relação ao que era esperado pela diretoria na temporada anterior, sendo assim o orçamento do clube que era previsto na casa dos R$37 milhões para contratações em 2022, foi reajustado para R$42 milhões.

RESULTADOS FINANCEIROS – FORA DE CAMPO

Se dentro de campo, os resultados pareceram ser satisfatórios de acordo com o planejado na temporada anterior, fora de campo, com certeza não foram nem um pouco. O clube se afundou ainda mais em dívidas e elevou as dívidas que eram de R$600 milhões no início da temporada para aproximadamente R$750 milhões somente com atrasos de direito de imagem, empréstimos bancários e dívidas com jogadores. Em 2022, a expectativa da diretoria é reduzir os gastos com o elenco e buscar um reequilíbrio financeiro, terminando o ano com um abatimento maior das dívidas. Em 2022 estipula-se que o clube abata uma parcela das dívidas, contando com corte de gastos em salários, venda e empréstimos de jogadores e novos aportes financeiros a partir de parcerias e patrocínios acertados pelo clube.

O QUE ESPERAR DE 2022?

Mais do que uma visão, vai aqui uma opinião. A mudança de estatuto tem muito a afetar dentro do clube, menos trabalho e mais acômodo dos gestores, mais tempo de trabalho e maior formação de panelas dentro do conselho que aumenta o tempo de gestão e diminui o número de conselheiros de forma premeditada, quanto menos equilibrado o conselho, mais fácil manter a panela que há no clube, fora o social que carrega benefícios para quaisquer um dos conselheiros que ali estão independentemente do que possam representar. Infelizmente vamos para um 2022 incerto e para um longo tempo de deterioração lenta até que de alguma forma isso seja mudado ou que o Titanic seja completamente afundado.

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