Frieza, juventude e sinais divinos ditam as metas para dezembro

Reclamar do Sidão ou do erro de arbitragem ao validar o segundo gol de Willian Bigode, do Palmeiras, seria chover no molhado. Sem concentrar a coluna de hoje no gol impedido, prefiro analisar o São Paulo com mais frieza, qualidade necessária para qualquer time que almeja as posições de cima ou o título e para a torcida não acender o sinal de alerta e encher o peito de ar pra soprar as cornetas. Não confundamos frieza com apatia, que tanto nos incomodou há pelo menos 5 anos, com exceção a 2014, quando ainda brigamos pelo título.

Hoje, na equipe, apenas Diego Souza e, principalmente, Nenê têm essa ‘frieza boa’. Que a torcida consiga isso também, mesmo diante de resultados ruins. E olha lá que a revolta é pela situação do tabu que incomoda, mas, perder um clássico para o riquíssimo Palmeiras não é nenhum absurdo. Na casa dos caras, menos ainda.

Faltam 3 jogos: Internacional (casa), Atlético-PR (fora) e Vitória (casa). Depois, intervalo para a Copa do Mundo. A posição que chegarmos nessa parada do Brasileirão e o que faremos durante a Copa definirá nossos objetivos para dezembro. Com a perda do moço das decisões erradas, Marcos Guilherme (toca quando é pra chutar e vice versa), faltará o ponta rápido. Busquemos alguém com jogo mais inteligente, por favor. Não, eu não me comovo com a despedida do são paulino, ex-camisa 23. E tem mais: teria usado enquanto tem contrato e completar os 7 jogos é um problema dele, Marcos Guilherme e do Atlético-PR, dono do jogador.

Há necessidade de reposição devido à pesada temporada para os já veteranos, Nenê e Diego. Hoje, não tem. Devemos aproveitar a Copa para essas buscas de peças ofensivas e agora sim, reconheço, vou chover no molhado, precisamos também dos laterais. Todos, titulares e reservas, dos 2 lados.

A base

Sábado de manhã, o São Paulo fez 4×0 na final da Copa do Brasil sub-20, contra o Corinthians. Conquista digna e merecida. Não daria pra apostar em laterais da base? Por maior que seja a pressão pelos títulos que não vêm e, muitas vezes, sequer chegamos a disputá-los, base só cresce se houver paciência. Há bons talentos. Igor Gomes precisaria subir para se acostumar ao ritmo dos “malaco véio” da posição de meia.

No gol

Foto: Divulgação

Deixei por último esse tema, para propor questionamentos que me agradaria muito ver a sua opinião:

  • Querem tirar o Sidão do gol? Jean joga? Por quê?
  • Como tirar o Sidão sem queimar? E se o Jean não vai bem?
  • Querem Lucas Perri? Como contornar 2 caras de ‘mais peso’ fora de jogo mediante o elenco?
  • Querem uma quarta contratação? Quem sugere hoje pra chegar e jogar?

Já me chamo Diego, sendo o Aguirre nessa situação hipotética, manteria o Sidão contra o Internacional e Atlético-PR e colocaria o Jean no último pré-Copa, com a desculpa de testar outras opções. Já durante o Mundial de Seleções, forçaria o contratado de 10 milhões a mostrar pra que veio. É sua chance, garoto. E claro, colocaria Lucas Perri no grupo para ambientá-lo na equipe principal.

Vi um tweet neste domingo que dizia:

Nós nos orgulhávamos com a frase “TODOS TÊM GOLEIRO, SÓ NÓS TEMOS ROGÉRIO CENI.” A frase atualizada é: “TODOS TÊM GOLEIRO; NÓS, NÃO”.

As falhas do clássico são sinais divinos, são avisos. E o recado dos céus veio na hora certa para evitar tristezas futuras por conta do mesmo problema.  

Sulamericana

Feito o sorteio na noite desta segunda. Pegaremos o Colón, da Argentina. O primeiro é em casa.

Diego Machado

Locutor, jornalista, mestre de cerimônias. Autor do livro 'Nem Tudo é Poesia. Ou é?'. Sambista/ cavaquinhista (horas vagas)

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