O atacante Françoaldo Sena de Souza, conhecido como França, é um dos maiores artilheiros da história do São Paulo, marcou 182 gols em seis anos que defendeu as cores do São Paulo.
França conversou com a ‘Gazeta Esportiva’ e ressaltou o trabalho do Muricy: “O Muricy Ramalho também era técnico quando jogava. Ele soube extrair de mim o melhor na finalização, aprendi muito com ele. Ele é o melhor treinador que eu tive na minha carreira, porque é muito bom quando o treinador te respeita, quando o treinador te admira”.
O ex-atacante contou uma situação de quando voltou para o São Paulo buscando um tratamento: “Em 2007, tive uma contusão no Kashiwa Reysol. Não confio em doutor nenhum aqui no Japão. Tem médico normal e médico do esporte. Aqui ninguém me toca. Fui para o São Paulo, fiz o tratamento, depois que cheguei na parte de ir para o campo, trabalhando com o Sasaki, Muricy Ramalho estava passando no alambrado. Muricy Ramalho gritou: ‘Ô Chulapa, aprende aí’. Só estava metendo bola no ângulo. Isso faz com que a reciprocidade seja melhor”.
Um dos maiores artilheiros da história do clube, França falou sobre não ter voltado ao São Paulo: “Eu sempre me cuidei, nunca fui de balada, de noite. É complicado você chegar e bater na porta perguntando se eles me queriam. Sempre esperei uma ligação, mas não recebi. Toda vez que vou de férias para o Brasil o tratamento é sensacional, apenas não aconteceu meu retorno. O meu relacionamento com o São Paulo é de amor. Quando chego no portão, sou respeitado. O São Paulo sempre me trata bem”.
Sobre trabalhar no São Paulo futuramente, França respondeu: “Não é descartada essa possibilidade. Você precisa gostar, não é só chegar lá. Você precisa aprender um pouco. Uma função que seria legal é treinar atacantes. Não sei nem se existe essa profissão”.
Atualmente com 44 anos, França segue vivendo no Japão, onde encerrou sua carreira em 2011. O atacante também comentou sobre a onda do coronavírus e alertou para uma segunda onda que pode vir para o Brasil.