Em entrevista ao Casagrande, para o Esporte Espetacular deste domingo, Rogério Ceni falou de diversos assuntos. Disse que um jogador nunca está preparado para parar, que o dia seguinte após ao término, nunca é fácil, é muito doloroso. Disse que não pensou duas vezes para aceitar a proposta do SPFC e aceitou tudo que lhe foi proposto quanto a salário e tempo de contrato e que sua única exigência foi que pediu que lhe dessem os dois anos de contrato propostos para que pudesse desenvolver seu trabalho.
Quanto a sua demissão, disse que durou cerca de 03 minutos, no Morumbi, após o jogo contra o Flamengo e Leco lhe disse que queria mudar o trabalho. Na sua contratação, lhe foi dito que não haveria dinheiro para contratações, então passou duas semanas na base, observando. Através disso, subiu Araruna, Militão, Jr Tavares e Shaylon. Quando lhe foi imposto que precisaria vender dois jogadores, pediu que Luiz Araújo fosse mantido, até mesmo para que se valorizasse mais, o que realmente aconteceu. David Neres foi vendido no início, depois Araújo e por último Thiago Mendes. Com essas vendas, tiraram toda a velocidade do seu time e que se viu numa situação difícil, foram perdas muito grandes.
Acredita que a subida na tabela e de crescimento do time seria certa para todo e qualquer treinador e que ela demorou ainda um pouco mais justamente porque o período de 3/4 semanas de temporada foi o tempo que Dorival precisou para dar a virada e fazer um bom segundo turno. Não se sentiu usado em momento nenhum pela diretoria, apesar de a maioria das pessoas acharem e falarem. Não se sentiu precipitado em aceitar o trabalho no SPFC. Falou do convite feito a Hernanes em janeiro/17 e que devido à falta de dinheiro do clube, não foi possível a efetivação do negócio e que 15 dias após a sua saída, ele pode vir por empréstimo. Falou também do episódio da “prancheta” e do fair-play do Rodrigo Caio. Que foi a primeira vez em 06 meses que ficou realmente nervoso porque haviam tomado o segundo gol aos 46 minutos mesmo estando pressionando o adversário, que cobrou de todos a atitude de melhora no jogo.
Acha muito difícil ele vir a treinar outro time em São Paulo porque a história foi escrita de uma forma tão bacana, a identificação é tão bacana que os outros times também não iriam querer vê-lo trabalhando lá. Explicou sobre o seu apego aos números no início de sua trajetória como treinador.
Sobre o convite do Fortaleza, o supervisor de futebol, Sérgio Papellin o ligou na sexta-feira a tarde e ele disse que coincidentemente ele teria um evento (o único da vida em Fortaleza até aquele momento) no domingo pela manhã e resolveu aceitar o convite de conhecer o Centro de Treinamento sem nenhum compromisso. Pediu melhorias no centro de treinamento e eles prometeram que o que fosse possível, seria feito. Se diz muito feliz por ter aceito o convite e que lá eles gostam que opiniões sejam dadas para melhoria das coisas, diferente do SPFC.
Rogério Ceni: “Para mim, sempre um prazer estar contigo e ter jogado com você.”
Casagrande: “Tem um detalhe: meu último gol foi em você!”
Rogério Ceni: “Mas quem saiu vencedor do confronto fomos nós (São Paulo). Com um gol meu de pênalti. Meu primeiro gol de pênalti na carreira.”
Que você tenha muito sucesso nessa sua nova empreitada e que um dia possa voltar para ser campeão conosco! Você é e sempre será nosso eterno M1TO!
Deuzana Rodrigues.