Após derrota para o Ituano, a pressão sobre Dorival Júnior aumentou bastante, aparentemente a diretoria banca o treinador, que após a partida deu uma longa coletiva sobre o atual momento são-paulino e segue confiante no trabalho, inclusive citou apoio da diretoria.
Sobre a partida
“Nossa transição melhorou. Tivemos trocas de passes, jogadas em profundidade. O Diego entrou dando uma passada à frente e definiu, mas impedido. Mas não fomos bem em um todo, de um modo geral. Futebol é conjunto. Às vezes, duas ou três peças carregam quando o time não está bem. Agora, quando mais oscilam, é diferente. Reconheço que não foi uma boa partida. Ficamos muito aquém.”
Responsabilidade pelos resultados
“Fizemos um grande jogo no domingo. A derrota teve peso por tudo o que se passou nesses dias. A equipe sentiu um pouco, mas a responsabilidade é do treinador. Estamos indignados porque podemos jogar muito mais. Mas não tenho dúvidas: o São Paulo vai chegar aonde todos queremos. Teremos oscilação, como todos os times do Brasil que não têm a mesma preparação dos times do interior.”
“Jamais vou responsabilizar os jogadores, a responsabilidade é do técnico. Pressão tem a todo momento, em qualquer situação, mas jamais fujo da minha responsabilidade. Tenho consciência de que fazemos um bom trabalho no São Paulo e vamos crescer. Resultados não satisfazem e há uma indignação coletiva do que não produzimos, mas há consciência e confiança de que voltaremos a ter os resultados que vínhamos encontrando.”
Explicando frase do “Treinador não faz gol”
Depois da derrota para o Santos, onde o time jogou bem, mas perdeu boas chances, Dorival ressaltou que o técnico não faz gol, depois do jogo contra o Ituano explicou a frase que gerou polêmico: “Coloco frequentemente aos jogadores: a função do treinador é levar o time até o último terço do campo, com trabalho, posicionamento e movimentação. Do último terço para frente, eles têm liberdade, passa a não ser minha obrigação. Fui mal interpretado, como se estivesse responsabilizando os jogadores. Não falei isso. Mas precisamos ser mais agudos. Temos de trabalhar para que isso venha rapidamente.”
Cueva
O camisa 10 perdeu um pênalti no último lance da partida e Dorival falou sobre: “Está procurando e, realmente, foi o protagonista do jogo. Faz parte. Só erra o pênalti quem bate, e o goleiro foi muito feliz. Foi o último lance do jogo, e quero que o jogador se exponha, como ele fez. Fiquei satisfeito. Esse é o Cueva que todos queremos. O erro faz parte, e a responsabilidade é do treinador. Nas vitórias, os jogadores comemoram; nas derrotas, o treinador assume.”
Apoio da diretoria
Assim como após o San-São, Dorival voltou a falar sobre apoio da diretoria: “Sinto apoio. Eles estão acompanhando trabalho no dia a dia. Graças a Deus, estão muito atentos ao que acontece no dia a dia. Passamos por um momento bem mais difícil no ano passado no São Paulo, e trago essa situação passada porque fizemos semanas seguidas com jogos sem poder treinar. Disse no segundo turno que a equipe teria outra postura, e isso aconteceu. Também falei que haveria oscilação nesse começo de ano, e teremos de enfrentar. Mudamos um pouco a postura do time e temos jogadores chegando, com quatro ou cinco partidas. É muito pouco para cobrar algo.”
Próxima partida
O técnico disse que ainda vai avaliar a situação, esfriar o pós-jogo e a representação para analisar: “Não penso em nada. Preciso esfriar, me recompor, avaliar o que foi feito para ver isso. Tudo que temos feito é recuperação, tentado nos recuperar de uma partida para outra. Hoje, houve a primeira baixa. Todos os cuidados têm sido cumpridos, mas tivemos problema do Jucilei em razão da sequência absurda que temos.”
Sobre a má fase
O São Paulo é uma das equipes que mais perdeu no Paulistão, mas Dorival citou: “Não temos nenhuma equipe no Brasil jogando um futebol convincente.”
Auxiliar
O seu auxiliar, Lukas Silvestre, que é seu filho, já foi citado como ruim de ambiente no Santos, o treinador tratou de explicar: “Uma notícia foi plantada dentro do Santos, por uma pessoa maldosa, que considero de baixo nível, desleal e deselegante. Perguntem a todos os jogadores de Santos e São Paulo. A todo momento, volta essa situação. Vocês têm liberdade para consultar qualquer jogador. Enfrentamos o Santos e todos os jogadores foram ao banco cumprimentar o treinador e o auxiliar. Quando o cara tem um pouco de competência, chama atenção e faz com que as pessoas queiram prejudicá-lo. Ele é muito bom profissional. E não falo como pai, mas como alguém do meio há 40 anos. Perguntem a jogadores de Santos, São Paulo, Flamengo, Atlético-MG, Inter.”
Coletiva completa do Dorival Júnior: