O técnico Cuca falou logo após a derrota de 1 a 0 para o Internacional na 18ª rodada do Brasileirão 2019. Relatou sobre a falta de vários jogadores que estão desfalcando o time, analisou o jogo e mirou o futuro…
Análise do jogo
“Primeiro tempo nós começamos muito bem, na primeira meia hora/25 minutos. Saindo com confiança de trás, tabelando e criando oportunidades. Criamos com Raniel, Tchê Tchê, Vitor Bueno… poderíamos ter saído à frente. A partir dos 25 minutos o o Inter equilibrou. No segundo tempo não saímos mais jogando e insistimos na bola longa. Não temos perfil para isso. Tentamos mesmo com empate colocar o time adiante, com entrada de um meia, lateral agressivo e um ponta renovado fisicamente. Queríamos vencer. O Inter fio melhor no segundo tempo, acabou numa penalidade vencendo o jogo. Temos de trabalhar mais e nos mobilizar para acaber o primeiro turno com uma vitória em casa, no domingo, e pensar numa arrancada no segundo turno”.
O que aconteceu com o time?
“Exatamente. Não deu sequência e não dá para entender o porque não continuar jogando. Mesmo perdendo tem de começar o jogo trabalhando. Não adianta quebrar (lançar) a bola. Não é o perfil do time. Nos perdemos aí. Com certeza o Inter teve mais presença, melhorou com as trocas e pelo segundo tempo eles mereceram vencer”.
“Pesam, claro que pesam. São todos jogadores considerados titulares, importantes e experientes. Não quero atribuir a derrota à não presença deles. Não posso fazer isso com quem jogou e tentou de todas as formas, ainda que não tenhamos jogado bem o segundo tempo. Essa é a verdade”.
Pênalti
“Não vi o lance do pênalti. Se o árbitro foi chamado a vê-lo e interpretou que é pênalti, o que vamos fazer?”
“Não é simples assim o futebol. Queremos, lógico, mas são peças fundamentais. Fazem falta em qualquer engrenagem. Na semana que vem vamos ter muitos jogadores de volta. Vamos ver se conseguimos dar essa arrancada. Tínhamos feito o jogo do Santos, Athlético-PR. Demos uma parada: perdemos do Vasco, empatamos com Grêmio e perdemos aqui. Tem de acabar logo esse momento ruim e a partir de domingo buscar outra arrancada como tivemos há pouco tempo”.
Desfalques
“Vocês (setoristas) sabem o peso que tem o jogador. Não gosto de falar faltou esse ou aquele. Mas é. Lógico que é notório que fazem falta. Se tivesse um ou dois, mas perdemos todos ao mesmo tempo por fatalidade. Todos vão voltar quase ao mesmo tempo por questão de destino. Porque eles se recuperaram a tempo assim. Essa semana provavelmente você tenha todos. Mas não quer dizer que tenha todos prontos para jogar, porque estão em transição. Vai ver quanto tempo não joga uma partida e a batida é outra. Vamos precisar de calma e sabedoria para escolher as peças certas, mesclando qualidade técnica e a física também”.
Irritação em campo e entradas de jovens
“Não estava irritado. O Reinaldo estava discutindo com Sobis e Parede. São meus amigos. Gabriel e Fabinho entraram quando estávamos empatando. No momento que o Fabinho ia entrar tomamos o gol. Ia fazer a mesma troca que fizemos, tentando dar mais velocidade ao time, para ter saída mais rápida que não está acontecendo. É uma primeira vez. Vão ter outras oportunidades, porque são bons jogadores”.
“O time sentiu a confiança saindo no jogo. Estava com confiança grande e foi saindo na medida em que erra, porque não é um time pronto. O São Paulo é um time que está se aprontando na competição. O que vou falar aqui muita gente não vai entender. Contra o Santos tínhamos atingido um padrão de 80%. Chegaram jogadores para estrear, natural, boas peças que chegaram, você perde o nível de padrão, porque tem de adaptar, muda característica e esquema. Aí quando perde jogadores importantes e precisa repor também muda. Torcedor, por mais doloroso que seja e dói muito não ter essa arrancada, estar se distanciando dos times da frente. Já estivemos 11 pontos atrás e hoje estamos atrás de novo, uma distância grande. Temos de fazer por onde e recuperar. Vamos ter mais força de grupo a partir do próximo jogo e vamos recuperar”.