Nesta terça-feira (3) foi entregue na sala da presidência do Morumbi, o pedido para o impeachment do atual presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco.
O pedido teve a assinatura de 50 conselheiros e com as seguintes argumentações: Contratos firmados sem o aval prévio do Conselho e Gestão temerária, baseada no estouro de mais de 5% do orçamento.
O próximo passo é o presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Abranches Pupo Barboza, fazer uma análise dos documentos e se achar necessário mandar para a Comissão de Ética.
Nesta semana, o Conselho de Administração vetou a Previsão Orçamentária para 2020 e exigiu correções. A gestão Leco está cada vez mais pressionada, seja pelos torcedores, conselheiros ou até mesmo membros da sua gestão…
A Destituição ou Perda do Mandato não é simples, requer alguns situações como mostra o estatuto:
Artigo 112 – O Presidente Eleito poderá ser destituído pelo voto favorável de pelo menos 2/3 (dois terços) da totalidade dos membros do Conselho Deliberativo.
§1o – Deliberada a destituição pelo Conselho Deliberativo, e desde que não ocorra renúncia, o Presidente do Conselho Deliberativo deverá convocar Assembleia Geral para ratificar a destituição em até 30 (trinta) dias, permanecendo o Presidente Eleito afastado de suas funções até a deliberação da Assembleia Geral. Caso a Assembleia Geral não ratifique a destituição, o Presidente Eleito poderá voltar a exercer as suas funções.
§2o – Deliberada a destituição pelo Conselho Deliberativo, o Vice-Presidente assumirá a presidência, exceto se o processo de destituição for proposto contra ambos, conjuntamente.
§3o – Somente será permitida a proposição de processo conjunto se o Vice-Presidente tiver participado inequivocamente da conduta motivadora do processo.
§4o – O Regimento Interno do SPFC disciplinará o processo de destituição.
Os conselheiros que assinaram: René Ramirez, Denis Ormeod, Danilo Decoussao, Rogério Campos Martins, Carlos Henrique, Benedito de Souza, João Alves Veiga, Newton Bittencourt, Newton Ferreira, Laert Natel, Ricardo R.A Natel, Roberto Perrucci, Sérgio Barbour, Sylvia Alvim, Jorge dos Santos, Pedro Luiz Baggio, Artur Eliseu da Silva, Alberto Carlos Parreira, Rogê David, Kalef João Francisco, Antônio Garcia Neto, Orlando Tossini, Douglas Valverde, Alvaro do Vale, Giacomo Albanese, Soraia Guadelupe, Marcos Francisco, Roberto Perim, Desudete, Eduardo de Barros, Davi Monteiro, Sérgio Villa Alves, Clovis Botelho, Renato Ricardo, Roberto Kirschner, Fernardo Garbini, Leonites Figueiredo, Affonso Cavelho, Onofre, João, Itagiba Francez, Lúcio Astolfo, Renato Finotti. Alguns nomes foram difícil de identificar pela assinatura, portanto não aparecem, assim como sobrenomes.
Em 2015, o São Paulo passou por um processo desses, com o presidente Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro, vazaram conversas, situações irregulares, o cerco apertou, e Aidar acabou renunciando, porém o impeachment era questão de dias. Leco, presidente do conselho, assumiu naquela ocasião.