Saudações Nação Tricolor! Última rodada do Campeonato Brasileiro de 2017, último jogo de Diego Lugano com o manto Tricolor, chance de Libertadores e casa cheia. Esses foram os tópicos dessa derradeira partida contra o Bahia que encerrou a temporada deste ano para o clube do Morumbi. Após uma temporada de resultados ruins, ameaça de rebaixamento e muita pressão politica, o torcedor que foi ao Sacrossanto se despedir do último grande ídolo da geração Tricampeã do Mundo, queria ver uma vitória para encerrar o ano. Dorival não pode contar com Hernanes e Lucas Pratto e escalou assim o Mais Querido: Sidão; Militão, Lugano, Rodrigo Caio e Edimar; Jucilei, Petros, Shaylon, Cueva e Marcos Guilherme; Brenner. O treinador manteve a mesma formação tática dos jogos anteriores, o 4-5-1.
A PARTIDA
A jogo começou com muita festa nas arquibancadas, mas pouca produção dentro de campo. Nos primeiros minutos o São Paulo ficou com a posse de bola enquanto o Bahia voltava todo para o campo de defesa. O São Paulo chegou perto do gol dos visitantes aos 14’ quando Lugano tentou chegar para cabecear dentro da área. O zagueiro foi seguro por Edson e a arbitragem ignorou a penalidade clara sofrida pelo uruguaio. O Bahia só conseguiu se aproximar da meta de Sidão aos 22’, em contra-ataque rápido Mendoza recebeu e tentou finalizar. Rodrigo Caio bloqueou o chute de forma providencial. O São Paulo diminuiu a marcação e o visitante começou a encontrar espaços na defesa são-paulina. Renê Júnior aproveitou erro de Jucilei e passou para Allione. O argentino driblou Rodrigo Caio e já na pequena área chutou para fora. As duas equipes sofriam com o gramado irregular, passes errados e jogadas equivocadas passaram a ser o tônica do jogo que ficou feio e sem alternativas. Marcos Guilherme e Cueva tentavam as jogadas pelas pontas, mas o Bahia era rápido na recomposição. Perto do fim da primeira etapa, o Bahia parou de tentar o contragolpe e o primeiro tempo acabou mesmo no zero a zero.
Na volta do intervalo o São Paulo pereceu um pouco desligado. No primeiro lance de perigo, Sidão foi firme para defender a cabeçada de Renê Júnior. O Mais Querido foi a frente e só não fez o primeiro graças ao travessão. Shaylon na entrada da área recebeu com liberdade, no quique da bola soltou o pé, o goleiro Jean saltou, mas só olhou a “defesa” do arco. O Bahia respondeu no lance seguinte, quando Aliione recebeu pela esquerda do ataque e bateu cruzado. A bola passou muito perto do gol, assustando Sidão que acompanhou a bola. Aos 17’ o Tricolor tentou armar jogada pela direita, Renê Júnior chegou antes e recuou a bola para Jean. O jovem goleiro pegou a bola com as mãos e o árbitro marcou falta em dois lances dentro da grande área. Na cobrança, Petros ajeitou para Brenner chapar a bola com força, ela ainda bateu no marcador antes de balançar as redes. Primeiro gol como profissional do jovem da base. Aos 32’ Dorival fez a primeira alteração, Brenner deixou o gramado para entrada de outro jovem, o atacante Bissoli. Aos 37’ o treinador fez mais duas alterações, saíram Marcos Guilherme e Cueva para as entradas de Thomaz e Gabriel. Com as alterações o São Paulo perdeu o trabalho de bola e o Bahia começou a avançar novamente. Aos 49’ Thomaz cometeu falta boba pela direita, na cobrança a defesa inteira do São Paulo só assistiu Éder aparecer para cabecear no canto esquerdo de Sidão que só olhou o gol de empate. Nos minutos finais o goleiro Jean tentou em cobrança de falta colocar o Bahia a frente, a bola foi na barreira e o Tricolor puxou o contra-ataque. Militão carregou a bola e recebeu um carrinho criminosos. O ridículo árbitro Elmo Resende Cunha encerrou a partida sem dar a falta ou apresentar cartão para o infrator, para protestos dos são-paulinos. Na confusão quem acabou expulso foi Petros por uma agressão ao adversário.
ACABOU O ANO
Todo torcedor chegou a esse jogo com uma mistura de sentimentos. O alivio por terminar a competição já longe do descenso, a dúvida por uma vaga na Libertadores caso ocorresse uma combinação de resultados, a tristeza por ver o fim da carreira de um ídolo e a esperança que enfim a diretoria aprenda com mais esse sufoco. O jogo quase festivo desse domingo, não pode mascarar todos os erros de planejamento de 2017. O desmanche do elenco durante as competições, a falta de bastidor com as federações, a falta de bons profissionais ocupando os cargos de direção do futebol e muitos outros erros que ficaram escancarados no decorrer do ano. No fim, o Tricolor acabou salvo com o apoio maciço do torcedor que entendeu o momento difícil e jogou junto a cada partida. É preciso saber que todo esse apoio terá um custo, e ele será cobrado já em 2018, um ano que não pode ser uma repetição de tudo que não muda no clube. A ano para o Mais Querido, deve começar imediatamente, jogadores importantes tem que ser mantidos, os que não renderam emprestados, devolvidos. reforços pontuais tem que chegar. O time jogará em 18 o paulista, Copa do Brasil, Brasileiro e Sul-americana, não podemos esperar apenas participar dessas competições e sim brigar de fato por títulos. O São Paulo não pode continuar com uma mentalidade de grandeza agindo de forma pequena em todas as situações. Esperamos de verdade que quem comanda o clube entenda que já passou da hora de mudar!
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Adriano Carvalho – Twitter @AdrianoC80