A volta de Rogério Ceni após 4 temporadas é uma tentativa da diretoria de recuperar o elenco e dar um novo gás na busca por uma recuperação no Brasileirão. O ídolo tricolor teve passagem curta como técnico do clube em 2017, quando deixou o time na zona do rebaixamento ainda na 11ª rodada.
Mesmo com 6 jogos de invencibilidade, a série de atuações ruins foram suficientes para encerrar o ciclo de Hernán Crespo no São Paulo. Nas últimas rodadas, o tricolor teve inúmeras chances de encostar no pelotão de cima para brigar por um uma vaga na Libertadores, mas a falta de resultados positivos sinalizam que a briga ainda é para fugir da parte de baixo da tabela.
Em um campeonato de pontos corridos o empate quase nunca é bom negócio, ainda mais quando o time envolvido precisa pontuar o mais rápido possível para evitar o rebaixamento e buscar algo a mais na competição. Apesar de não ter tido nenhum revés, o São Paulo fez apenas 5 pontos nos últimos 15 disputados e viu a diferença para o atual G6 aumentar de 5 para 7 pontos.
Novamente no comando do São Paulo, o atual campeão brasileiro Rogério Ceni terá em mãos o melhor elenco do tricolor dos últimos anos, e tem como objetivo principal colocar o time para brigar na primeira metade da tabela – feito que o técnico argentino não conseguiu em 25 rodadas disputas até então.
Com apenas 13 rodadas restantes, o desafio é grande. Isso porque, o primeiro passo é livrar o time do Z4. Historicamente, 45 pontos é considerado o número mágico para fugir do rebaixamento no campeonato nacional. Para isso, o tricolor precisaria somar mais 15 pontos até o final do torneio, um aproveitamento de 38,4%;
Se conseguir atingir essa primeira meta, o São Paulo pode então voltar a sonhar com a disputa por uma vaga na Libertadores de 2022. Se considerarmos as últimas 3 temporadas do Campeonato Brasileiro, o nono colocado somou em média 52 pontos. Para isso o tricolor precisa de 22 pontos nesses jogos restantes, um aproveitamento de 56,4%;
Em cenários mais práticos, 5 vitórias são necessárias para livrar o time da Série B e 7 vitórias e 1 empate são matematicamente viáveis para garantir um nono lugar na tabela e, consequentemente, uma vaga no próximo torneio continental.
Para colocar o time de volta aos eixos, Ceni sabe que a recuperação também passa por readquirir a confiança do torcedor, já que o apoio na arquibancada do Morumbi será determinante para empurrar o time a partir de agora, com a reabertura gradual do público nos estádios. Seu primeiro desafio será justamente em casa, amanhã (14), contra o Ceará.