Nem pareceu, é verdade. Mas houve um jogo neste domingo (22), na Ilha do Retiro. E, nele, o São Paulo emendou a terceira vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro 2021 – além da quarta partida de invencibilidade. O resultado fez com que o clube dormisse na 12ª colocação, já na zona de classificação para a Copa Sul-Americana 2022. No aspecto moral, o elenco se recupera de uma traumática eliminação na Copa Libertadores da América 2021 para o Palmeiras.
Pouquíssimos destaques individuais na partida disputada em Recife, entretanto. Tecnicamente, a partida foi um excelente pretexto para tirar um cochilo ou terminar o fim de semana tomando um porre. O grande jogador da equipe foi Rodrigo Nestor, enquanto outros tantos tiveram atuação bastante apagada.
Notas
Tiago Volpi: não tomou gols e fez, pelo menos, três defesas importantes – mas, em duas delas, passou pouca confiança. Após duas falhas em quatro gols contra o Palmeiras na Libertadores, ganha pontos pela vitória e por ficar invicto, mas precisa passar mais confiança. Nota: 6,5
Daniel Alves: errou boa parte das coisas que tentou. Melhorou um pouco quando a equipe passou a jogar com três zagueiros – também porque poderia errar sem grandes consequências defensivas. Nota: 5
Bruno Alves: junto com Miranda, forma uma dupla de pouquíssima velocidade e mais pesada. Para o confronto alto e desgastante da Ilha do Retiro, porém, teve mais bons que maus momentos. No miolo de zaga, foi a peça mais fraca – o que passa longe de dizer que foi mal. Nota: 6,5
Miranda: seguro como sempre, foi o pilar defensivo da equipe, como sempre – sobretudo no primeiro tempo. Ao menos dois desarmes que fez foram de alto estilo, já acionando o meio de campo. Nota: 7
Léo Pelé: amarelado e sem muito brilho, deu muito espaço para o ataque do Sport no lado direito do clube pernambucano. Por ser pouco acionado, se preocupou mais com aspectos defensivos – que lhe garantiu uma nota maior. Nota: 6
Igor Liziero: jogando como cabeça de área, deu muitos espaços para o meio de campo do Sport na primeira etapa. Melhorou na segunda etapa, com mais cobertura. Tomou um cartão amarelo de maneira estúpida. Nota: 6,5
Emiliano Rigoni: participou da jogada do primeiro gol, mas não conseguiu criar as tantas oportunidades que o são-paulino está se acostumando a ver. O gramado duro e pesado ajuda a explicar a atuação abaixo da expectativa. Nota: 6,5
Rodrigo Nestor: melhor do São Paulo na partida. A dinâmica do meio de campo tricolor sempre passava por ele, que também colaborou defensivamente. Nota: 7,5
Vitor Bueno: jogando como meia de criação, poderia aparecer para ganhar novas oportunidades com Hernán Crespo. Aconteceu justamente o contrário: foi omisso, não teve destaque e desperdiçou mais uma oportunidade. Nota: 5,5
Joao Rojas: não dá para dizer que não tentou, até conseguiu alguns lances de efeito. Mas não conseguiu dar a velocidade que costuma dar ao time – novamente, o gramado da Ilha do Retiro ajuda a explicar. Nota: 6
Pablo: mais uma vez, teve alguns erros inacreditáveis – sobretudo de passe, quando veio buscar jogo. No segundo tempo, caiu ainda mais tecnicamente. Mas fez o gol da vitória com um domínio e uma finalização de qualidade. Nesse lance, fez o que dele se espera. Nota: 7
Luan: trancou a chave da defesa do São Paulo e estabilizou a peleja. Entrar durante a partida, entretanto, foi necessário para mantê-lo em condições físicas estáveis para os confrontos contra o Fortaleza, válidos pela Copa do Brasil. Nota: 6,5
Diego Costa: tecnicamente, teve falhas, é bem verdade. Mas a segurança que um terceiro zagueiro (e com Luan) deu ao time o livram de uma nota pior. Para ajudar, os erros não tiveram grandes consequências. Nota: 6
Igor Gomes: entrou apagado, mas buscou o jogo – como costumeiramente faz. Não errou, mas não conseguiu criar grandes oportunidades. Para ele, portanto, a média. Nota: 6
Luciano: entrou e buscou jogo. Não conseguiu fazer nada de muito interessante, é bem verdade, mas a entrada do atacante, dois meses depois, já é um alento para as próximas partidas. Não pode ser exigido pelo jogo de hoje, e é mais um que vai levar a média. Nota: 6
Martín Benítez: ficou evidente o motivo pelo qual não entrou contra o Palmeiras. Jogou cerca de quinze minutos e parecia tão cansado quanto todos os outros. Tentou manter a posse de bola no campo ofensivo, mas tirou toda e qualquer chance do time contra-atacar – seja pela falta de velocidade, seja pelos erros. Nota: 5,5
Hernán Crespo: a escalação inicial causou surpresa, e o São Paulo teve problemas no primeiro tempo. Melhorou na segunda etapa (leia-se corrigiu os erros do time titular). Em uma noite em que o time inteiro não teve brilho, fica com a média. Nota: 6