Neste domingo (13), o São Paulo recebeu o Corinthians para o clássico Majestoso na 25ª rodada do Brasileirão 2019 que acabou com vitória são-paulina por 1 a 0, gol de Reinaldo. Após a partida, Fernando Diniz falou sobre mais um resultado positivo do time sob seu comando.
Análise do jogo
“Tínhamos que tomar cuidado com os contra-ataques do Corinthians. Na tentativa de se preservar muito, nos arriscamos menos do que deveria. No segundo tempo ajustamos para ser um time mais agressivo com a posse, que a gente tinha treinado. Não teve nada de surpresa no jogo. A gente tinha mais condição de atacar a primeira linha de volante deles, jogar atrás da linha e explorar os lados. No segundo tempo conseguimos fazer isso. A gente procurou retomar a bola antes. O São Paulo mereceu a vitória.”
Ficou barato o 1 a 0?
“Não por conta do Corinthians. O trabalho do Carille é excelente, multicampeão. Temos que valorizar o que o São Paulo fez. O placar poderia ter sido, pelo menos, 2 a 0 para o São Paulo. A gente não sofreu em nenhum momento. Soubemos controlar o Corinthians com a posse, evitando o contra-ataque e a bola parada. Acho que poderíamos ter saído com um placar maior, muito pelo mérito do São Paulo que soube jogar contra o Corinthians. Aproveitar a oportunidade para agradecer o apoio do torcedor, que fez diferença. Espero que a gente consiga trazer mais alegrias.”
Começo positivo, projetava?
“Eu imaginava, sim, começar bem no São Paulo. Um time desse tamanho, com os jogadores que tem, a estrutura que tem, o estafe que tem. O São Paulo tem uma estrutura muito boa. O estafe, em todos os setores, é um lugar diferente para se trabalhar. Além do material humano ser de excelentes profissionais, são todos muitos generosos. A parte da segurança, departamento médico, assessoria de imprensa e o próprio presidente, uma pessoa muito afável, trata todos pelo nome. O São Paulo merece viver dias melhores.”
Está em evolução?
“O caminho para percorrer é sempre longo, nunca termina. Os jogadores estão tentando sempre atingir seu limite máximo. Um jogo muito simbólico foi contra o Flamengo. A gente praticamente não treinou, e os jogadores mostraram que têm muito recurso. Nós, trabalhando juntos, a tendência é sempre melhor, não temos limites para melhorar. O futebol, às vezes, se confunde com a minha própria vida. Temos que fazer o melhor possível. Todos os dias que vamos lá treinar é um dia sagrado para fazermos o melhor e colher coisas boas.”
Meias Hernanes e Igor Gomes
“Eu acho que o Igor Gomes é um dos titulares, não considero ele reserva, está sempre pronto para sair de titular. O Hernanes é um jogador que tem uma história muito grande no clube, teve uma série de problemas no seu retorno e está crescendo jogo a jogo. Ele fez um grande primeiro tempo contra o Bahia e hoje contribuiu. A tendência é que todos cresçam. Hoje, praticamente, ninguém falou das ausências que era para o time sentiu. Temos muita gente boa para jogar.”
Análise do Luan
“O Luan está crescendo cada vez mais, assim como outros jogadores jovens. Está cada vez mais maduro, acreditando no seu potencial. Além de ter muita força física para marcar e ocupar espaço na defesa, é um jogador que tem boa técnica. Futuro promissor.”
Dá para sonhar?
“Eu não sei o que pode restar para o São Paulo e a gente também não controla o Flamengo. Temos que procurar fazer o melhor possível. O Flamengo vive um grande momento e não temos controle sobre eles. A equipe pode fazer jogos cada vez melhores. A equipe tem tudo para evoluir durante o campeonato.”
Até onde o São Paulo pode chegar?
“O São Paulo pode chegar muito longe, temos que pensar sempre no melhor. É trabalhar treino a treino, jogo a jogo, mas o São Paulo sempre vai entrar para vencer o jogo. A postura do time vai ser sempre agressiva, encarando o adversário de peito aberto. Acredito que essa equipe tem muito para evoluir em termos de qualidade de jogo e pontuação no campeonato.”
Reencontro com o amigo Carille
“Reencontrar o Carille é um grande prazer, tem uma trajetória de vida bonita, que parece com a minha. Fico feliz pelo sucesso dele. Esse negócio das escolas é muito difícil. Quando a gente ganha, os comentários são efusivos. Quando perde, as críticas também são efusivas. Ganhou a equipe hoje que conseguiu se impor, não só pelo modelo de jogo, futebol é mais que isso. Os jogadores têm se entregado de uma maneira muito forte para vencer os jogos. A parte tática é um sub-produto do principal, que são as relações que o time vai estabelecendo entre seus elementos. Os jogadores têm uma ótima convivência.”