Liziero e sua versatilidade

Foto: Rummens

Em entrevista a Alinne Fanelli, do Jornal Agora São Paulo, o versátil jogador Igor Liziero, que chegou ao clube aos 09 anos de idade,  revelou alguns segredos e contou sua trajetória até chegar ao time profissional.

Sobre a sua chegada ao clube:

Eu tinha uns nove anos e minha mãe me inscreveu para uma peneira pelo site do São Paulo mesmo. Eu chutava de longe e chamava a atenção. Era muito alto também, cresci rápido. Quando eu passei no teste, foram me recuando. Fui para volante, lateral e zagueiro.

Sobre o seu desempenho:

Ah, eu era moleque, eu não gostava de jogar como zagueiro e treinava emburrado. Um dia, em um amistoso, o técnico pegou uns quatro moleques, inclusive eu, e disse que a gente não tinha qualidade para estar ali. Voltei para casa chorando. Eu sempre joguei futsal, desde os seis, sete anos. Foi quando eu falei que não queria mais jogar no campo. Fiquei até 11, 12 anos só no futsal. Perto de casa tem o [clube] Pequeninos do Jockey, que tinha parceria com o São Paulo. Minha mãe falou para eu ir lá, mas eu não queria, só me interessava o futsal. Mas ela me convenceu.

Sobre o reencontro com esse treinador que o dispensou:

Fui treinar como lateral esquerdo e no primeiro dia de teste, esse mesmo treinador me perguntou de onde eu tinha vindo e respondi que havia sido do São Paulo, de Cotia e ele perguntou porque eu havia saído de lá e eu disse que ele havia me dispensado. Aí fiquei no Jockey mais uns dois meses e ele me levou de volta para Cotia. Depois chegou o Nelson que me colocou como volante, onde joguei até os 17/18 anos. Após isso, com o André Jardine, voltei para a lateral. É bom isso porque você pode mudar o esquema de jogo sem ter que mudar o jogador. Isso para mim é vantajoso.

Sobre a sua adaptação no time principal:

A gente tem a expectativa de ser promovido, mas eu não esperava que fosse dessa forma. Do nada me ligaram e disseram: Vem treinar!

Liziero teve sua vida transformada em apenas alguns dias, reveja a sua chegada no profissional.

Depois de dois jogos, virei titular. A gente está na base e quer estar aqui, claro! Acho que eu estava preparado sim, senão não conseguiria me manter. Eu subi com 20 anos e isso pode ter me ajudado em alguma coisa. Cada um tem a sua história, não dá para todo mundo seguir do mesmo jeito!

Sobre o que ainda não conseguiu fazer:

Eu gosto muito de dar arrancadas e ainda não consegui fazer. Conduzir a bola, driblar, que era o que eu fazia na base. Aqui ainda é diferente, os caras têm mais força. O Diego Aguirre gosta que eu ultrapasse bastante, dê consistência na marcação. Ele me deixa a vontade.

Na eliminação para o Corinthians, no Campeonato Paulista, Liziero bateu um dos pênaltis e perdeu. Teve que aguentar a reclamação do irmão Iago, de 11 anos que disse que ele era ruim e que precisava chutar forte, no outro canto! Já o pai pega no seu pé para que ele chute mais ao gol!

Ouça as reclamações deles e que você brilhe muito no SPFC!

Deuzana Rodrigues.

 

 

Deuzana Rodrigues

Cristã, mãe, são-paulina e apaixonada pela vida!

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