Em ranking publicado recentemente pelo site lancenet, o São Paulo aparece na terceira colocação nos clubes que mais recebem dinheiro de seu patrocinador master, com R$ 25M recebidos do Banco Inter, ficando atrás somente do Palmeiras (R$ 100M) e do RB Bragantino (valor não revelado).
Há quem diga que o clube recebe pouco dinheiro, e que faz mais por eles, do que o contrário. Mas veja só, o multicampeão Flamengo recebe R$ 15M de seu patrocinador master, o banco BS2, R$10 milhões a menos que o São Paulo. O rival Corinthians, R$15 milhões a menos. Outros clubes como Grêmio, Internacional, Atlético MG, Atlético PR recebem valores na casa dos R$12M.
O torcedor deve, primeiramente, parar de se comparar com o Palmeiras. Financeiramente, hoje, não há competição contra o Palmeiras. Exceto, talvez, para o RB Bragantino. Mas para os outros clubes, e principalmente para o São Paulo, não.
É verdade que o São Paulo não vive sua melhor fase. O último título foi há 7 anos, mas se analisar friamente, foi um título continental: A Copa Sul-Americana. Há outros times no Brasil que há anos não ganham títulos também, principalmente continentais, ou ganham somente estaduais. A questão é que o torcedor são-paulino se acostumou a ver um São Paulo grandioso, ganhando muitos títulos e cheio de ídolos. A geração crescida nos anos 2000 viu uma libertadores, um mundial e o tri-hexa, viu Muricy, Rogério Ceni, Luís Fabiano, Kaká, Hernanes, Lugano e Lucas. Esse sendo o último ídolo que a torcida teve.
Mas poderia ser pior. Tomemos o Cruzeiro de exemplo. Afundado em dívidas e escândalos de corrupção, o time mineiro foi rebaixado para a série B do campeonato brasileiro e vive uma situação delicada. Poderia ser muito pior. Se levarmos em conta tudo, acredito que o Tricolor (ainda) está numa situação mediana. Eu prefiro agradecer e me contentar do que somente reclamar. É claro que, como torcedora, às vezes reclamo, corneto, xingo e cobro. Mas é porque ainda me importo. Só reclamar não ajuda. É preciso, acima de tudo, apoiar o time e procurar enxergar os pontos positivos, mesmo nos piores momentos.
Beatriz Pestana