Com a derrota momentânea, um primeiro tempo fraco e a expulsão de Jobson , Fernando Diniz resolveu modificar o time para o segundo tempo. Não foi uma simples mudança, o treinador tirou o zagueiro Bruno Alves para colocar o centroavante Pablo, que vivia uma fase terrível no quesito gols e, inclusive, era muito criticado pela torcida.
O atacante de 27 anos calou a boca de muitos torcedores que vinham o xingando e meteu dois gols, sendo assim o fator decisivo no clássico. É válido lembrar que o centroavante marcou gol contra todos os rivais paulistas do Tricolor. Ainda sim, foi somente o 3° gol de Pablo na temporada.
Mas será que os números dele eram tão ruins assim ao ponto da torcida pedir a cabeça dele? Vamos aos fatos: Pablo possui 11 jogos na temporada, sendo 8 de titular, e nesses 11 jogos ele marcou 3 gols e contribuiu com 3 assistências. Números superiores ao de Vitor Bueno, que em tese disputa posição com ele.
Mas então a torcida está errada de criticar? Não. Pablo até o jogo de hoje tinha desperdiçado 7 grandes chances, oportunidades que querendo ou não fizeram falta para o São Paulo. O grande problema foi os moldes da negociação e com a impressão que ele chegou ao clube, o atacante veio como a contratação mais cara da história do São Paulo e sendo o artilheiro e líder de assistências da Copa Sul-Americana pelo então Atlético-PR.
Logo então imagina-se que ele seria o craque do time e o artilheiro nato do elenco, mas não. Não, o Pablo não é esse camisa ‘9’ tradicional. Precisamos entender que apesar de ele vir como a contratação mais cara da história do clube, ele NÃO será um artilheiro nato. Em toda a carreira dele ele possui 66 gols, uma média inferior à 10 gols por temporada.
Pablo foi hoje e será muito importante para o restante da temporada do São Paulo, ainda mais com a saída iminente de Antony. O atacante tem papel fundamental na contenção da bola e na criação de jogadas. A zica saiu, agora é aguardar e torcer para ele ser decisivo também na Libertadores.
Matheus Segato (@resenhaspfc)
