Saudades do seu tri 2096/7/8.
Zaga com linha de três ou de quatro, Muricy dizia que quando a bola rola e os jogadores se movimentam, tudo se desmonta. O interessante é o que o time pensa e faz com e sem a bola. Para Muricy tudo parecia fácil…
Ele dizia que tem que haver uma idéia do que fazer também sem a bola, se marca adiantado ou atrás da bola, tem que ser muito bem definido.
“E com a bola, fazemos o quê? Atacamos com os dois laterais, liberamos os volantes, pressionamos lá na frente após a perda? Os números mudam toda hora, o grande segredo são as movimentações.”
Os alas de Muricy eram meias, os volantes leves também atacavam, os atacantes de lado entravam na área.
Muricy confundia o técnico adversário e seu time, pelas derivações táticas no campo.
Muricy só não teve muita sorte na Libertadores…com o SPFC…porque foi campeão com o Peixe.
E o #ForaLeco encheu tanto o saco do JJ, que este deixou e Muricy foi embora.
Muricy está imortalizado como jogador e como técnico. E se não tivesse sido vencedor, só o fato de lançar e bancar o maior jogador da história do Tricolor, já bastaria, não é mesmo Rogério?
Rogério já deu a deixa” canalhas envelhecem” , não é mesmo, Leco?
Hoje, a poesia na pandemia, é do inesquecível Pablo Neruda.
Vento na Ilha
O vento é um cavalo
Ouça como ele corre
Pelo mar, pelo céu.
Quer me levar: escuta
como recorre ao mundo
para me levar para longe.
Me esconde em teus braços
por somente esta noite,
enquanto a chuva rompe
contra o mar e a terra
sua boca inumerável.
Escuta como o vento
me chama calopando
para me levar para longe.
Com tua frente a minha frente,
com tua boca em minha boca,
atados nossos corpos
ao amor que nos queima,
deixa que o vento passe
sem que possa me levar.
Deixa que o vento corra
coroado de espuma,
que me chame e me busque
galopando eu, emergido
debaixo teus grandes olhos,
por somente esta noite
descansarei, amor meu.
( Pablo Neruda )