Já há algum tempo tinha uma “choradeira” do nosso técnico…era ponta, era zagueiro e deve ter chorado até por goleiro.
Agora ele tem zagueiro, tem pontas (embora o pessoal não reconheça Marcos Guilherme é), tem o substituto do Sara, tem seu goleiro preferido.
Agora não há desculpas.
Mas…
Sempre tem um mas na história…
Mas, se Ceni prender ou enquadrar ou engessar ou deixar cada “reforço” em seu “quadrado”, seus jogadores terão problemas, nós teremos problemas, o time terá problemas.
Eu falava no começo do ano, sobre esse erro de colocar o time de modo posicional.
Por exemplo, Gabriel Neves está tolhido em campo.
No Nacional ele fazia inversões, lançamentos longos, ficava mais solto.
Atualmente, ele está contido e seu futebol está contido, murchou comparado ao que ele praticava no Uruguai.
Galoppo no último jogo estava “engessado” ao lado da linha lateral do campo do lado direito.
André Anderson, coitado, apesar de indicado pelo próprio Ceni, nem jogar, joga, porque ele não obedece ao tatiquês do chefe.
Nahuel Bustos corre o mesmo risco.
Embora Ceni seja um estudioso, um conhecedor de futebol, corre um sério risco de ser conhecido como o “Gesseiro do Morumbi”.
Ele vai bem contra a filosofia de futebol do Mestre Telê, que tinha sua tática, mas dava liberdade aos seus comandados. Assim, surgia aquele futebol vistoso do SPFC.
Também vai contra o sucessor de Telê, Muricy.
Muricy não engessava seus comandados, ele praticava um futebol objetivo, que muitos chamavam até pejorativamente de Muricybol.
Ceni tem que dar uma certa liberdade aos seus jogadores, deixar de lado esse jogo posicional.
Se ele continuar nesse caminho, das duas, uma, ou ele não vai colocar esses jogadores em campo ou ele vai “engessar” seus talentos, sem conseguir aproveitar suas melhores características.
Vamos ver se ele amadurece um pouco, porque ele “teve que dar o braço a torcer”, afinal ele nunca foi chegado ao 3-5-2, mas teve que executá-lo.
Então, eu diria que Ceni está diante de uma encruzilhada, por um lado, pode dar uma certa liberdade onde aflore todo o talento deles e cobrar um pouco da parte tática; por outro, pode tirar toda liberdade dos jogadores, “perdê-los”, e ficar no seu “joguinho posicional” e solidificá-lo no aspecto intrínseco.
A ver…