
O novo reforço do São Paulo em 2019, Alexandre Pato foi apresentado no clube nesta sexta-feira (29), no início da apresentação, Leco e Raí participaram das boas vindas para o atacante que recebeu uma camisa sem numeração.
A palavra do presidente Leco: “Momento especial e grandioso na história recente do São Paulo. Deixou uma marca importante profissional e pessoal. Não cometo erro ou exagero ao dizer que é um caso de amor recíproco: dele pelo São Paulo e de toda comunidade por ele. Momento de muita alegria e demonstra a intenção do clube de ir em busca de conquistas e de planos mais elevados”.
Em seguida Leco deu a palavra para o diretor de futebol Raí: “Muito feliz pela chegada. Dou as boas vindas ao Pato. Talento. Vai agregar muito em todos aspectos, na questão tática e o significado dele no clube. O carinho que tem pelo São Paulo é recíproco. Chega em um momento importante. Temos um jogo amanhã. O time vem crescendo e mostrando capacidade, diversidade nos seus talentos. Tem grandes possibilidades para essa temporada. Ele chega em um momento importante do São Paulo. Certamente vai agregar muito para nós. A nação são-paulina está muito feliz com o Pato”.
Antes de receber a camisa das mãos dos dirigentes, Pato falou: “Obrigado, presidente. Obrigado, Raí. Voltar para casa não tem preço.”
Pato sobre retornou ao Morumbi
A primeira pergunta foi sobre a possível ida para o Palmeiras e Pato mudou o foco: “Achei que a primeira pergunta seria se eu estava feliz. Estou muito feliz de voltar para casa, de voltar a ficar perto das pessoas que eu amo, representar um clube tão grandioso. A minha escolha pelo São Paulo foi por amor. Me receberam de abraços abertos, me abraçaram tão forte que falei que esse abraço me marcou. Minha escolha foi pelo legado que tive, pelo carinho dos torcedores, é um amor que não tenho como explicar. Estou muito feliz pela minha escolha, foi a mais certa que fiz na minha vida. Vou fazer de tudo para que possa devolver aos torcedores na rua, na internet.”
Conversou com outros técnicos
Em seguida perguntaram sobre conversa com Felipão e Pato disse: “Todos ficaram sabendo, conversei com Felipão como conversei com Sampaoli, Cuca, outros treinadores, Cannavaro me liga até agora. Quando não tem nenhum clube as pessoas chegam, mas a palavra final sempre foi minha. A minha escolha foi a mais certa.”
Cuca ligou
Sobre a conversa com o treinador são-paulino: “Eu fiquei muito feliz, lembro até hoje que o Passaro falou que o professor ia me ligar. A conexão não estava muito boa, acabei retornando a ligação. Conversamos sobre tudo, a escolha dele, como estava de saúde, a minha escolha. Pesou muito na minha escolha, quero que ele dê os mesmos conselhos quando foi campeão da Libertadores. Esepro que junto com os jogadores a gente possa ganhar uma Libertadores como ele fez no clube que passou.”
Retorno ao CT
“O CT é demais. É como voltar para casa, vai ter algumas mudanças, mas o que fica mesmo é o amor pelo clube.”
Bons números na carreira
“Tudo o que eu faço fora de campo é minha vida privada, dentro de campo sempre tentei trabalhar e fazer meu melhor. Os números estão aí. Algumas passagens que eu tive, a única que tive pouca foi no Chelsea, joguei dois jogos e diz um gol. Então os números estão a meu favor. Sempre fui muito trabalhador, infelizmente tive um período no Milan que não foi meu melhor período. Aconteceu. Sempre estive lá trabalhando e tentando fazer o melhor. Agora volto para minha casa, que eu possa fazer o melhor gols. Quem sabe aquilo que venho para buscar, títulos e ser campeão para ficar marcado na história do clube.”
Aprendizado no passado
“O passado, se fosse tão fácil voltar teria mudado muitas coisas. Cada situação é um aprendizado. Agora é uma nova era, vou escrever uma nova história. Quero buscar títulos, retribuir o carinho dos torcedores. Só tenho de agradecer a diretoria, torcedor são-paulino. O jeito de retribuir é fazendo gols e títulos. O passado a gente não pode mudar, mas o futuro a gente consegue.”
Arrependimento em sua carreira
“Único arrependimento que eu tive é que fiquei muito longe deles (família). Sai com 11 anos de casa. Minha mãe está aqui e tenho certeza que ela vai chorar. Ela me entregou para o meu pai na frente do ônibus, falou que era minha casa, onde mora, quando voltar para voltar. Meu arrependimento é esse, de não ter levado minha família para onde eu fui. Tenho a idade que tenho, daqui para frente vai ser diferente. (Sobre a estreia) Isso não vai depender de mim, se pudesse colocava a chuteira e ia para o jogo para amanha. Acabei de almoçar com o pessoal… Uau, queria muito estar nesse jogo amanha. Vou estar no estádio, torcendo da arquibancada para que o São Paulo tenha uma boa vitória.”
Depois de algumas perguntas, foi questionado sobre o caso e explicou melhor a situação: “Não é que não quis trazer minha família, tive de morar em concentração, meu pai trabalhar por nos cinco. Quando fui para o Milan consegui dar uma casa para meus pais. Eu sou assim, tenho minhas relações, tenho bons amigos, uma namorada linda porque acham que tudo lá atrás foi fácil. Não foi fácil. Não vem ao caso comentar agora. Gostaria que eles fossem, meu pai pegaram o avião agora para ficar essa semana e depois precisam voltar. Eu voltei estou mais perto deles. Antes era um dia de viagem, agora Pato Branco tem aeroporto (risos). É como o amor, a minha volta para o São Paulo pesou muito o que eles fizeram comigo na minha primeira passagem. Voltei para ficar perto das pessoas que eu amo e do clube que me abraçou. A minha primeira escolha se voltasse seria o São Paulo.”
Entrar para a história do São Paulo
“Eu acho que para entrar na história de um clube precisa ser campeão, eu vou conversar com Lugano e Raí depois para pedir uma cola para eles. Eu vim para ser eternizado, para estar perto do São Paulo neste momento de reconstrução. Muitos jogadores novos, muitos jogadores que estão crescendo. Total certeza que o São Paulo vai ser campeão, no momento justo e no momento que o torcedor merece.”
Pato ‘popstar’
Uma das perguntas foi seu lado ‘popstar’, estar namorando a filha do Sílvio Santos e ter uma participação no retorno do programa do Sílvio Santos no SBT, Pato aparentemente não gostou muito e disse: “Tenho de agradecer a Deus por ter colocado a minha namorada na minha vida, a família dela, que é muito do bem. Fico feliz pelo o que Deus tem colocado na minha vida hoje.”
Posição
Na última passagem pelo São Paulo, Pato atuou como segundo atacante, centroavante e ponta esquerda, nesta nova passagem falou sobre: “Se eu jogo de 9 ou 11 vai depender do treinador. Quem vai decidir é o Cuca, posso jogar de 9 e 11. Tenho de agradecer a Deus por ter colocado a minha namorada na minha vida, a família dela, que é muito do bem. Fico feliz pelo o que Deus tem colocado na minha vida hoje.”
Saída da China
“Eu tive dois anos na China, foram para mim um aprendizado. Chegar e não falar a língua, é muito difícil. Se reencontrar com pessoas que não sabem que vai chegar o nível da sua conversa… Eu fiz de tudo. Na China vai ver o carinho que eles têm comigo. Entrei de um clube acabado de chegar da segunda divisão, consegui ser artilheiro, levar para Champions League da Ásia, ninguém esperava. O que aconteceu fora de campo e com o que aconteceu em campo chegamos num acordo. Nunca briguei com ninguém. Todos ficaram tristes, o chines quando gosta da pessoa te trata muito bem. Como dei meu máximo eles me retribuíram fora de campo. Me convidavam para jantar, me davam presentes. Essas brigas não existiram.”
“Muitas coisas que vieram na mídia quando eu era novo nunca me posicionei. Sempre fui mais na minha, não fui bem estruturado. Não posso mudar, foi aprendizado. Muitas coisas que saíram na internet, que pessoas falaram de mim é porque não me conhecem. Eu não ia na mídia para falar que é mentira ou verdade. Sempre fui na minha, muitas coisas vão mudar daqui pra frente. Sou um cara diferente.”
Voltar para a seleção brasileira
“É obvio que penso na Seleção. Quando estava na China eu torcia porque o pessoal estava indo… O Gil foi, o Tardelli, o Renato, o Paulinho… Ficava na expectativa porque estava numa sequência de jogos bons. Não é agora que volto que vou desistir. Vou trabalhar. Quero me dedicar ao máximo. Pena que não vou conseguir jogar o Paulistão, só o Brasileirão. Eu vou chegar lá, vou chegar na Seleção, vou trabalhar para realizar meu sonho de chegar na seleção novamente e fazer aquilo que mais gosto, que é vestir a camisa da seleção brasileira. Tenho certeza que vou conseguir.”
Atual momento do São Paulo
“O que eu estava conversando com o pessoal, time e diretoria sabem da força do São Paulo. Quando vem derrota começa a perder confiança. Quando tem sequência de vitória a moral começa a voltar. O São Paulo está recuperando a confiança, fico feliz de estar perto do São Paulo, quero estar perto amanhã. Sei o quanto é importante para um menino novo que está subindo da base ter confiança da torcida e da diretoria. Eles estão dando resultados. Os mais velhos estão ajudando, a diretoria está atrás ajudando, apoiando. Tenho certeza que um título vem aí o mais rápido que todos não imaginam.”
Caso Palmeiras e experiência aos mais jovens
Primeiro não respondeu sobre suposta vontade de atuar no Palmeiras e focou na outra pergunta que era sobre experiência para os mais jovens: “Vocês continuam com a história desse e daquele clube… Estou feliz aqui, minha escolha foi a melhor. O que sempre será é a minha decisão, foi a de jogar no São Paulo. Não vejo outro lugar melhor do que o São Paulo para jogar. Sobre os jovens, um dia tive 16, 17, 18 anos, sei que todos querem estar jogando, felizes, entrar no estádio e sentir o calor da torcida. Os jovens precisam como Hudson, Hernanes e Pablo. O pessoal mais velho tem ajudado muito. Entrar num estádio com 30, 40, 50 mil para um jovem é “uau”… Você precisa de apoio de quem já jogou assim. Se puder ajudar cada vez mais vou ajudar, vou precisar deles também. Vi o Liziero hoje, a gente tirou uma foto quando estava na base. Feliz de reencontra-lo no profissional. Não vejo a hora de estar com eles em campo.”
Momento da carreira
“Todo mundo comentou e falava para mim que o melhor ano da carreira é quando chegava nos 27, 28, 29, 30 anos… Estou sentindo que é meu melhor momento, venho com uma cabeça diferente, para que eu possa ser ajudado e também ajudar. Sai muito cedo de casa, conversei com a minha mae, que falou que daqui não vou sair nunca mais. Fico feliz de ter voltado, de o Rai ter me mandando mensagem, de o Leco ter ligado para mim e para meu pai, do Passaro ter me ligado, de encontrar o Lugano aqui, um ídolo. Não tem outro lugar melhor do que entrar aqui todos os dias para treinar. Não vejo outro lugar melhor para fazer aquilo que eu gosto, que é jogar futebol.”
Sobre o número da camisa
O Pato não recebeu número, e ao ser perguntado disse que vai conversar com a diretoria e decidir, no momento a camisa 11 está com o Helinho, a 7 consta para Joao Rojas no site oficial, a 10 com Nene, e 9 está vaga…
Projeção para a semifinal
“Assisti o jogo (contra o Ituano), até postei. Foi um jogo difícil, conseguimos um gol. Isso que é bom, aquele um golzinho, ganhar de 1 a 0, aquela confiança que volta. Amanha vai ser muito diferente, vou estar lá perto para comemorar a vitória depois do jogo.”
Se eu pudesse já vestia a chuteira, a caneleira e jogava amanhã!”