O técnico são-paulino, Cuca, conversou com a imprensa nesta sexta-feira (12), falou bastante sobre como chegam os jovens jogadores para a final, revelou que Pablo não reunirá condições para o jogo, avaliou disputa no meio de campo com retorno do Hernanes e mira primeiro título do Paulistão no seu currículo.
Confiança nos jovens e superstição
“O tempo vai passando e automaticamente vai ficando mais experiente, vai ganhando algumas coisas. Lógico que ainda sou muito participativo, vibrante m, mas claro que estou no meu começo de trabalho, então a gente tem que passar para esse time jovem confiança, o direito de errar para não causar uma coisa neles, uma trava, pô, o treinador vai reclamar. O negócio de superstição eu tenho, mas é 10% do que o povo fala, o povo fala demais, mas eu gosto. Quando eu morrer vão lembrar: “Ah, esse ai é o supersticioso, então tá bom.”
Superstição
Cuca é conhecido pelas suas superstições, e ele comentou: “Não tenho, vou a missa rezar para Deus abençoar. Deus é pai de todos nós. O que pedimos é para desenvolver bem nosso trabalho.”
Dupla com Mancini
“Só se um segurar o Carille pro outro pegar (risos). Mancini ajuda muito, comissão técnica, Carlinhos, outros profissionais. Eu entrei porque tinha um prazo determinado. Se to aqui é pra trabalhar. Não posso me esconder. O pouco que ajudar esta bom, o grande mérito dessa história do São Paulo que está construindo é do Mancini.”
Tabu
“Com naturalidade, porque temos time jovem. Quanto menos pressão nos meninos melhor, não tem de colocar obrigação a mais. Temos oportunidade de ser campeão, não obrigação. Ninguém esperava que o São Paulo chegasse a final. Agora temos a chance de brigar pelo titulo.”
Tem favorito?
“Temos que dividir a final em duas partes. Acho que para esse primeiro jogo não tem favorito. Temos a força do nosso torcedor, o Corinthians tem experiência, é maduro, é bicampeão paulista. Não podemos de forma alguma dizer que somos favoritos. Dependendo do que acontecer nesse jogo pode haver um favorito para a segunda partida.”
Apedrejamento
O Corinthians avisou que se tiver o ônibus apedrejado, não vai jogar no Morumbi, mesmo que resulte em W.O, Cuca comentou o caso: “É um direito que o Corinthians tem. Ninguém quer ser apedrejado em lugar nenhum. A gente não quer também ir para outro estádio e ser alvejado. Cabe a nós, nessa jogo, sermos bons anfitriões fora de campo, não cometer erros como esse, que vimos lá na Argentina (final da Libertadores).”
Escalação
“Ainda não tenho a definição do time. Não tem muita mudança a fazer. Pode ocorrer uma ou outra se a gente recuperar algum jogador. Faltam 48 horas para o jogo, vamos esperar.”
Disputa no meio de campo
O retorno de Hernanes e alta do Igor Gomes, experiência contra juventude no meio de campo, Cuca analisou: “O Igor Gomes está tranquilo. Está sendo titular por mérito dele. O Hernanes está voltando, vai ter que recuperar a boa forma e o futebol que tem. Isso gera competitividade, é bom não ter 11, ter 22 no mesmo nível.”
Título faltando na prateleira
“Quero muito ser campeão. Mas esse título quem menos vai ter mérito sou eu. Tenho nessa parte final. Acima de tudo mérito é desses jogadores, porque saíram de uma condição muito adversa, Libertadores eliminação, torcida querendo acertar conta e colocando meninos para jogar nesse projeto que todos nós elaboramos. E gradativamente os meninos foram melhorando, não é fácil. O resultado veio logo. Não ganhamos nada, mas o torcedor está feliz as coisas projetadas e uma resposta positiva tão cedo como está acontecendo.”
O Rival
“Tem um time ganhador, quantos títulos tem Cássio, Fagner, Vagner Love, Jadson, Ralf, enfim… muitos jogadores canchados, maduros. São dois times diferentes. Um com peso, outro jovem, buscando títulos para mais tarde ser como esses jogadores que estamos falando.”
Planejamento para final
“Penso no jogo de domingo, porque é o único jogo em casa que temos. Temos de usar força máxima. Infelizmente, o Pablo não vai ter condição. Hernanes está voltando. Vamos com elenco que usamos nos dois jogos com Palmeiras.”
Semifinal
“Era um jogo muito perigoso. O Palmeiras tem grande equipe, acho que o melhor elenco do Brasil, um treinador que dispensa comentários, a força da torcida no Arena. Combatemos tudo isso. O jogo começou difícil, fomos tomando conta dos espaços e acabou sendo um jogo de igual para igual. Eu fui muito tranquilo no jogo. Você envolvido lá dentro não pode ser um torcedor, tem que ser uma pessoa que esteja pensando, até na hora dos pênaltis. Eu já tinha que pensar quem era o sétimo. Era o Antony ou o Arboleda. Acho que o trabalho foi muito bem conduzido e a gente mereceu passar”.
Jovens na final
“Muito natural. Está o mesmo dos outros dias. Não tem o que mudar. Nós que somos pessoas públicas temos de saber que vamos lidar com grande público. Esse é o momento do grande jogador, não importa idade. As vezes com 18, 19 se torna protagonista. Acredito que vão fazer um grande jogo.”
Ambiente
“Comida é boa, ambiente maravilhoso. Final temos de estar mais juntos dos jogadores. Mas tenho apartamento alugado. Família toda está vindo. Tem a netinha também. Apoiar para que estejamos fortalecidos.”
Última passagem no Tricolor
“Sou lembrado naquele time com doutor Juvenal e Marcelo Portugal, de trazer jogadores da base do Goiás, com certeza tem que lembrar esses que fizeram trabalho agora aqui: Mancini, Carlinhos, profissionais que não aparecem e estão lá dentro. Passo mérito a eles de chegar a final e agora vamos lutar.”
