O novo camisa 10 do São Paulo, Daniel Alves, foi apresentado no São Paulo nesta terça-feira (6) e a coletiva durou um bom tempo, onde o atleta falou sobre posição, retorno ao Brasil, objetivos na carreira…
Primeiras palavras
“Olha, o Raí acabou de falar que o São Paulo está em construção. Está caminhando para representar e respeitar toda a história. E eu estou vindo com esse intuito, para poder contribuir com minha experiência, trabalho e performance. Para que o São Paulo não passe tanto tempo sem aspirar títulos. E por isso aceitei esse desafio. Sei da história do São Paulo, que me fez tanta alegria. O São Paulo não pode viver muito tempo sem troféus. É motivante estar em um clube que sempre torci, sempre vibrei, tem um sabor especial”.
O que solicitou para voltar?
“A primeira coisa que solicitei para o São Paulo, é que eu preciso de solidez, de projeto, de estabilidade esportivamente falando, pois tenho outros objetivos mais a frente. E preciso construir essa história, sabendo de toda dificuldade de voltar ao Brasil”
Objetivo, Copa 2022
“Tenho o sonho de jogar a Copa de 2022 e preciso de um time que acredite em mim, na minha história no futebol e esse foi o ponto primordial. E para uma pessoa que teoricamente já tem uma certa idade e já é visto diferente no meio do futebol ele merece a entrega. Eu venho ao São Paulo para dar resultado, não quero que ninguém pense que eu venho para encerrar minha carreira. Tenho muito objetivos.”
Decisão sozinho
“Eu não conversei com o Tite e nem com minha esposa e amigos sobre a minha decisão porque eu não queria intervenção em nenhum aspecto. Deixei meu coração. A posição que eu vinha atuando no PSG não era de lateral. Eu conheço as posições que atuo, sou um jogador de resultado. Não quero que seja teoria, mas sim prática. Que esse encontro possa ser construído com histórias maravilhosas. Estão se juntando duas histórias muito incríveis tentando caminhar para o mesmo lado”.
Calendário do Brasil
“Não, acredito que hoje em dia nada me assusta, e menos a possibilidade de jogar. Eu trabalho para jogar, ajudar meus companheiros. Não acredito que ninguém joga 70 jogos no ano, mas pode ter certeza que o Dani vai ser o primeiro a estar lá para jogar. Não prometo nada além do meu melhor pelo São Paulo.”
Posição
“Quando você toma a decisão de vir para um clube em construção, a única ideia é ajudar. Domino todas as posições, de meia, de lateral, sou disciplinado taticamente, que ajuda bastante os companheiros. Tenho um desempenho importante. Não é uma preocupação onde vou jogar. Quero contribuir. O mais importante é que o resultado seja favorável, conivente com a posse que o São Paulo está fazendo comigo”.
Salvador da pátria?
“Não tem risco. Não existe salvador da pátria. Acredito que a única coisa que eu trago, junto com meus companheiros, com a qualidade que temos, juventude que temos no grupo. É a experiência e o espírito de campeão. Em todos os lugares que passei, eu conquistei”
Pioneirismo
“Que o São Paulo seja um clube melhor, pioneiro, que inspire outro pela estratégia como instituição. Estou aqui para ajudar o SPFC e evidentemente ajudar em conquistas também”.
Estreia contra o Santos?
“Estava enchendo o saco do Lugano, do Raí e presidente. Eu queria sentir esse jogo (contra o Santos), não sei o que eles pensam disso. Pedi alguns minutos, vamos ver se é possível. Falar com os responsáveis por isso, se puder ser sábado, melhor!”
Pai torcedor do rival?
“Meu pai era são-paulino e virou a casaca, espero que com a chegada do filho ele mude. Ele me apresentou o SPFC. Colocava a TV com muito sacrifício em preto e branca. Dai devia confundir que era em verde e branco, mas não, era Tricolor”
Experiência com Juventude
“Posso passar a experiência, tranquilidade, de quem jogou em grandes palcos do futebol. Essa junção de experiência e juventude. Tenho espírito bastante jovem, e vou tentar fazer com que meus companheiros não me vejam com alguém que rodou, passou tudo…”
O que agrega?
“Eu acredito que sim (lateral na Europa é diferente do que aqui), em alguns aspectos acredito que sim. Retribuir trazendo esse aprendizado que vivi em vários países, várias ideologias, clubes diferentes, experiências que peguei lá. O futebol moderno pede os extremos. Eu costumo dizer que a minha posição de que nós somos amigos de toda a área. Amigos do meio, da área e do ataque estamos para ajudar todos eles. E temos que ver a demanda para ajudar para fazer o melhor. Sou uma pessoa muito receptiva e gosto de escutar como ele gosta de receber a bola, como jogar… Eu estou aqui no São Paulo para ajudar meus companheiros e sempre ver a melhor forma que eles jogam.”
Escolha da camisa 10
“Não quis pegar o número de ninguém. Os números estavam escolhidos. Dai escolhi o número do Raí. Simplesmente referência a ele. Não é nada para ser melhor que eles, quero ser tratado da mesma forma, e quero aportar o mesmo que eles!”
Sobre a recepção
“Olha, eu volto a insistir, no dia de ontem eu me senti um torcedor realizando um sonho. Surpreendente para mim, não esperava tanto carinho. Estou muito feliz. Vou discordar só na questão: não acredito que sou caro, porque vim de graça. Eu sou o jogador mais barato da história do futebol, fui comprado só pelo Barcelona, o resto fui tudo de graça”.
Maior contratação da história?
“Acredito que para o futebol brasileiro pode ser uma coisa grande “eu, Daniel Alves”, mas para mim não. Muitos jogadores maiores que eu já voltaram para o Brasil e se eu falar aqui não vai acabar hoje. A começar pelo Romário e aí vai. O que posso dizer é que o São Paulo e o Brasil contratou um dos jogadores mais profissionais, disciplinados. Não é uma profissão fácil, de brincadeira e não quero que a expectativa seja maior que minhas retensões. Se coloca a expectativa lá em cima pode chegar lá frente e não ser isso. Acredito que o futebol contratou outros grande jogadores, como o Filipe, que acabou de chegar.”
Neymar? PSG? Foco no São Paulo!
“É um dia muito especial para mim e não gostaria de falar dos meus amigos, nem do PSG… Acaba desviando o foco. Quero viver esse momento aqui. Parece que não, mas para mim é incrível”.
Acompanha o futebol brasileiro?
“Tenho acompanhado o futebol brasileiro, evidente, sei que tem contratações que tem melhorado bastante. Mas você misturou as coisas. Não acredito que quem tem mais dinheiro pode mais. Dinheiro é uma coisa e o futebol é outra. O São Paulo pela história sempre vai entrar na conta. O São Paulo teve uma transição, e numa transição sempre tem seus pontos baixos, e por isso estou aqui para essa transição seja o mais rápido possível e aspirar coisas o mais rápido possível. Sei que o campeonato é difícil, equilibrado. Tem muitos times que brigam pelo título e não descarto o São Paulo ser uma das possibilidades.”
Sobre Juanfran
“Me coloquei a disposição para ajudar, uma pessoa que está mudando de país e isso requer uma atenção importante. O São Paulo está adquirindo uma contratação muito boa, um jogador muito bom taticamente. Tem o um contra um muito forte e vai agregar muito ao São Paulo. O São Paulo está muito assertivo em suas contratações, não que antes não foi, mas agora está trazendo campeões que podem aportar esse espírito. Em jogador jovens trazer esse espírito e com essa grandeza do São Paulo eles podem fazer o nome deles.”