Coadjuvantes dentro e fora dos gramados

Foram 63 jogos com 71 gols marcados. Nossa ofensividade foi o problema desde o início do ano. A média é maior que 1 gol por jogo, mas, puxe pela memória: qual foi o último 3×0 aplicado pelo São Paulo? Qual foi a última vitória com 2 gols de diferença? Nesse Brasileiro, lembro do 3×1 no Corinthians e do 2×0 na Chape. Ou seja, nenhum jogo é tranquilo e nenhum placar é elástico.

FOTO AMANDA PEROBELLI/ESTADAO

Nesta segunda, o mínimo que deveria ter acontecido é uma coletiva com o presidente Leco, o diretor Raí e ao lado deles, Jardine (já que vai ser ele mesmo) anunciando dois incontestáveis reforços. NADA.

Tive a oportunidade de assistir no teatro Opus a premiação Bola de Prata da ESPN. A única menção ao São Paulo foi o técnico Rubens Minelli, treinador campeão em nosso primeiro Brasileiro, em 1977, que entregou o troféu de Melhor Treinador para Felipão. Dodô apareceu com imagens do Santos. Juninho Paulista apareceu mais como um pentacampeão. Cada vez mais à míngua, esse foi só um exemplo do quanto somos figurantes. EM TUDO.

Enquanto, o campeão Palmeiras cogita aproximar-se dos 2 mi oferecidos pelo futebol chinês a Dudu, mantemos nossa política do teto salarial, contratações como a de Maicosuel, que pouco jogou e tem contrato até 2020, ganhando mais de 300 mil/mês. Com papel de coadjuvante e salários mais baixos, qual o motivo alguém preferiria o São Paulo?

Esse papo de: mas, é o São Paulo, nossa camisa, bla bla bla. Jogador bom custa caro e não temos nos empenhado ($) de verdade. Contentemo-nos com (eles podem ser as maiores sensações das próximas temporadas) Iago Vinicius e Léo Pelé. E o silêncio absoluto sobre goleiros para 2019.

Diego Machado

Locutor, jornalista, mestre de cerimônias. Autor do livro 'Nem Tudo é Poesia. Ou é?'. Sambista/ cavaquinhista (horas vagas)

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