Ceni no País das Maravilhas

Ceni acha que medos não devem se sobrepor aos sonhos.

Sonho de um SPFC revitalizado, com menos dividas, com melhores jogadores, com média de público como nós últimos jogos.

Um São Paulo como dos anos 80, 90 e começo dos anos 2000.

Ceni é observador, inteligente, que embarca em uma aventura, em uma viagem em um mundo diferente do que ela conhece.

Ela é extremamente inteligente e articulada para a idade, ela acredita que já sabe quase tudo e procura agir como os adultos com os quais convive.

Ceni quer brigar, fazer o melhor para o SPFC, mas é quase uma voz dissonante, porque o seu “auxiliar” Muricy, o Gato de Cheshire, anda muito calado…

Ceni, assim como Alice, está em um mundo que conhece, mas não conhece tão bem.

Em um mundo onde tudo é diferente e desafia a racionalidade.

Confrontada com os comportamentos absurdos e irracionais dos governantes e habitantes (diretores e conselheiros) do local, fica assustada, frustrada e até furiosa com a falta de ordem e organização desse mundo.

Ceni precisa se transformar e questionar tudo o que aprendeu até ali.

No entanto, alguns dos seus valores se mantêm: ela luta até ao final para ser escutada e se revolta com as injustiças que vê.

A Rainha de Copas, também conhecida como Rainha Casares, é mimada, egocêntrica e infantil.

Ela representa o poder absoluto no País das Maravilhas, sendo temida até pelos outros habitantes, que apenas seguem as suas ordens. Ela está sempre se vangloriando de coisas que não acontecem, porque o que ela gosta é de aparecer na mídia e deixar o País (SPFC) das Maravilhas nebuloso.

O forte dela é deixar de ser transparente, embora tenha muito prometido isso quando assumiu o trono.

A Rainha também representa um sentido totalmente invertido de justiça que se materializa através de um julgamento absurdo e sem leis obedecidas do próprio estatuto, símbolo da insegurança e subserviência daqueles cidadãos-torcedores.

Muricy Gato de Cheshire, demonstra no discurso alguma consciência: ele está tentando explicar o modo como o País das Maravilhas funciona.

Para sobreviver ali, Ceni precisa abandonar as regras e o pensamento lógico, aceitando aquilo que há de estranho e até insano em todo mundo.

Ele descreve aquela realidade como um local governado pela loucura, que acaba contagiando seus habitantes.

Temos a Lebre Belmonte de Março, amiga do Chapeleiro Louco e fiel companheira da hora do chá, insiste em provocar e incomodar a convidada.

O animal era conhecido por agir de um modo errático, com muita energia, pulando e correndo em círculos.

É o que mais faz na direção do futebol, embora ela seja mais especializada em bailes, rádio e em basquete.

Ter trabalhado em Rádio, não faz da Lebre de Março, especialista em futebol.

Só que ele não consegue enxergar isso, não dá “as patas a torcer”.

Em uma cegueira sem precedentes, só para “servir a Rainha”.

Então, só resta esperar que Ceni vença todos os obstáculos, inclusive a Rainha Casares de Copas e a Lebre Belmonte de Março.

Esperemos…

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