Batalha contra os javalis

Era uma vez um moço chamado Branco Ceni de Neve, ele foi passear na floresta conhecida como Barra Funda e acabou indo parar no alojamento dos anões.

Eles encontraram-no deitado na cama e se encantaram ao conhecê-lo, por sua dedicação, conhecimento tático e seu currículo vencedor.

Vou apresentar os anões: tinha o Mestre Diego que liderava a tropa, o Atchim Vinícius que de vez em quando espirrava uma bola, tinha o Dengoso Léo, o cara de Soneca King, o Dunga Neves, o Feliz Gomes sempre servindo, o Zangado Luciano e os outros como o Tranquilo Jandra, o Passivo Nestor, o Bigodim Patrick e o Irrequieto Jonathan.

Eles serviam Branco Ceni como a um príncipe, executando tudo que ele pedia.

Até que chegou o dia em que foram até o Chiqueiro Aliança, enfrentar o bando de perigosos javalis (porquinhos mais potentes e fortes, porém arrogantes).

Nesse dia, os anões se transformaram e deixaram de ser o que eram, para serem gigantes, guerreiros.

Guerreiros que deixaram tudo nessa luta. Sangue, suor, lágrimas e sorrisos.

Cercados por 20 minutos, sem bem saber o que fazer, começaram uma tímida reação. Graças ao Tranquilo Jandra, conseguiram finalizar o primeiro tempo da luta sem sofrer mais golpes.

No segundo sobreviveram os primeiros vinte minutos com bravura, lutando no tapete artificial do chiqueiro, metro a metro, jogada a jogada.

Até que o javali Veiga caminhou para executar o time com um golpe característico e certeiro…mas com a soberba costumeira, o javali se perdeu nas passadas e incrível, falhou no golpe, errando. Passou a ser um simples porquinho…

Logo a seguir, o Irrequieto Jonathan faz uma jogada de mestre e consegue uma marcação que deixa todos surpreendidos. Zangado vai e executa.

A partir daí, os javalis sofrem uma transmutação e viram simples porquinhos.

De javalis selvagens a bacorinhos prontos a serem comidos.

A luta termina com um empate no agregado e vai para um desempate penal. Ou seja, ressurge o grande Tranquilo Jandra, que em passe de mágica transforma aquele porquinho murcho Veiga em um pedaço de bacon, pós defesa penal.

Prossegue o desempate até que o último porquinho erra seu movimento e para em Jandra. Infelizmente, também virou um pedaço de bacon.

Mas então, para o golpe de misericórdia, só faltava Feliz Gomes, que vai todo faceiro dar o golpe mortal.

Executa o porquinho defensor, dando um golpe de um lado, enquanto ele caía para o o outro transformado em mais um pedaço de bacon.

Os outros oito integrantes dos porquinhos, transmutaram-se de imediato em mais 8 pedaços de bacon, talvez a caminho de uma feijoada…

Enquanto a torcida dos javalis ficava boquiaberta, incrédula, o orientador portuga, foi a coletiva com “espírito de 🐷”, naturalmente.

Uma pessoa ranzinza, rabugenta e negativa, que só vê o lado sombrio das coisas, diz coisas desagradáveis. Pois causando constrangimento com suas atitudes de mau perdedor, da batalha disputada em seu chiqueiro.

Branco Ceni de Neve só pode dizer que é a segunda vez que tem sorte.

O vencedor tem que ter estratégia, mesmo que estrambótica, certa competência nos golpes penais e um quê de sorte.

De javalis a porquinhos, de porquinhos ao envio para a feijoada.

A soberba matou os javalis. E nem precisou chamar o Obelix e o Asterix para tal. Era uma vez um conto.

Javali assado

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