Aguirre mudou a postura e Jardine, as substituições

Aguirre deixou o São Paulo acima do que planejávamos e abaixo do que ele mesmo nos fez acreditar. A garra ausente em várias temporadas, o uruguaio nos fez recuperar. Quando lideramos, estávamos no auge da vontade e no limite da qualidade que o elenco permitia. Quando começou a errar e juntando a isso, as contusões de Everton e Rojas, aquele máximo do máximo já não era mais tããão máximo assim. E, com o elenco e garra que mantiveram o São Paulo na ponta, o time precisava do 100%; 99% abriria margem aos adversários. E abriu, pois, não fomos 99, talvez, uns 70% , o que nos igualou à maioria dos times e o que justifica tantos empates e a campanha péssima do 2º turno.

Quando Aguirre escalou Reinaldo na ponta esquerda contra o Corinthians, pela lesão de Everton e o São Paulo ganhou, inclusive com 2 gols dele, ganhou “A” moral com a torcida. Porém, acreditou que, em qualquer situação de defasagem na ponta, poderia contar com o Reinaldo. Esqueceu que era só o Reinaldo. E esqueceu que o lado esquerdo precisaria ser resguardado com Edimar. Contra o Flamengo, por exemplo, com o time precisando segurar a bola, coloca Araruna. E deixa Nenê no banco. Brenner também.

(Foto: Divulgação)

Outra teimosia: Arboleda NÃO PODE ser reserva, em HIPÓTESE ALGUMA. Ah, mas… NÃO TEM MAIS! Arboleda não pode ser banco.

André Jardine tem feito o que parece óbvio. Não recuar após fazer um gol. E tentar, pelo menos um pouco, só um pouquinho, ampliar o 1 a 0. O time não sai disso. É só 1 a 0 e recua. Pra brigar por alguma coisa no ano que vem, tem que pensar além do placar mínimo. Pra isso, precisa de peças.

TETO TRICOLOR (DE VIDRO)

A expressão “teto de vidro” é para ilustrar alguém que está frágil em suas atitudes pra falar dos outros. Nosso time tem falado muito e com uma proteção muito frágil acima de nossas cabeças. O tal do “teto salarial” no São Paulo tem nos colocado sempre atrás na opção dos jogadores ao escolher o clube de sua próxima transferência. Some a isto, o papel de mero coadjuvante desde 2012. Na hora do uni-duni-tê, jogadores, inclusive os bem meia-bocas já nos eliminam nas primeiras fases, assim como nós somos despachados vergonhosamente de competições mata-mata há muito tempo, e por times, que nunca terão nossa história e o respeito que nossa camisa tem, ou já teve.

Diego Machado

Locutor, jornalista, mestre de cerimônias. Autor do livro 'Nem Tudo é Poesia. Ou é?'. Sambista/ cavaquinhista (horas vagas)

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