Acostumados

Primeiramente, uma parte da torcida se acostumou com as derrotas para Mirassol, Defensa y Justicia, Lanús e outros vexames (goleadas para o Red Bull e Inter) acha “NORMAL” empatar contra o Campinense.

E aguentar Ceni, falando na coletiva que “SE” tivesse feito 3 gols em 20 minutos, estaria resolvido. Se…

“Mas, não fez Ceni!”

Esse pessoal que acha normal, não deve ter visto o time tricolor de 2005; nem o que praticava o Muricybol em 2006/7/8; muito menos viu o time bicampeão mundial de 92/93; o time campeão brasileiro de 86 com Careca, nem pensar.

Ou seja, não é porque estamos há seis anos com diretorias incompetentes, golpistas e medíocres que temos que nos acostumar com esses times medíocres.

Pois a exceção foi o time de Crespo no Paulista de 21.

Não venham falar de Diniz! Foi quem mais proporcionou vexames nesses últimos 10 anos, é só ver lá em cima no texto para quem perdemos. Perdeu o título mais ganho da história.

E teve o dedo de Pavão Casares.

Clube caçula dos 4 grandes de São Paulo, proporcionalmente no número de anos, somos mais vencedores que os arqui rivais.

Então, não podemos nos acostumar com essa mediocridade de futebol apresentada.

Quem viu Pedro Rocha, Waldir Peres, Getúlio, Bezerra, Chicão, Serginho, Oscar, Dario Pereyra, Marinho Chagas, Pita, Serginho (lateral), Muller, Careca, Renato, Gilmar, Zetti, Ronaldão, Válber, Cerezzo, Leonardo, Raí, Palhinha, Mineiro, Júnior, Ceni, Cicinho, Luizão, Amoroso, Aloísio Chulapa, Ilsinho, Souza, Jorge Wagner, Hugo, Dagoberto e cia não pode se acostumar com esse futebol horroroso.

É o time dos mil toques ou taques?

É um time lento, que atualmente é um bom antídoto para insônia.

Entretanto, por mais ídolo que Rogério Ceni, tenha sido para mim, como jogador, como técnico é uma decepção, demonstrando no Tricolor, pouca variação tática.

Poderia ter treinado essas variações na pré temporada, mas parece que não o fez.

Se fez, há algo errado na conversão da teoria para a prática.

De positivo em 22, temos até agora, a reposição de jogo e a segurança de Jandrei; como também a recuperação de Diego Costa e o aparecimento de Pablo Maia.

Em compensação, Miranda foi rifado.

No jogo posicional de Ceni, nosso zagueiro do tri campeonato precisa participar mais do jogo, precisa atuar mais adiantado.

O São Paulo vai para o campo de ataque e circula a bola, que passa muito mais pelos zagueiros, que ficam expostos e, quando errarem, terão mais de trinta metros para levarem bolas nas costas. Esse é um exemplo do jogo de Ceni.

Ou seja, que levou Miranda a reserva de Diego Costa.

Concordo que Diego, 15 anos mais novo, tem sido eficaz no jogo aéreo e conduz melhor a bola.

Mas, será que Ceni – na sua humildade, aqui cabe muita ironia – conversou com

Miranda e explicou que, hoje, Diego cabe melhor em seu modelo de jogo e que Miranda é muito importante para o elenco? Duvido.

Só sei que o futebol apresentado até agora é muito pouco para um clube do tamanho e da história do SPFC.

Sempre fomos um time ofensivo, agressivo, com DNA de ataque.

Pois Ceni precisa erguer esse sarrafo de desempenho e deixar de lado esse futebol propositivo tosco e posicional, senão não chegaremos a lugar algum.

Foto: Wander Roberto | Vipcomm
Foto: Wander Roberto | Vipcomm

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