Caso Rafael Garcia: Vence a impunidade

Nada fora do previsível, infelizmente. Em um novo caso “isolado”, a Polícia Militar tira a vida de um inocente, e nada acontece. Com a total conivência de parte da imprensa, da justiça e do governo, Rafael dos Santos Tercílio Garcia se torna apenas estatística. Uma festa de título manchada por sangue, mas que na visão do Ministério Público e do promotor Rogério Leão Zagallo, não passou de legítima defesa.

Legítima defesa? Em um confronto que nunca existiu?

No entanto, essa cruz não pode e nem deve ser carregada unicamente pela Polícia Militar. O sangue ficou em suas mãos, mas a mancha da impunidade está em muitas outras.

Nas mãos de noticiários e alguns jornalistas, que de imediato, acusaram a torcida de arrumar confusão; quando a verdade veio à tona, resolveram dar uma de “João sem braço”, abafando a história e fingindo que nada aconteceu, até que o público esquecesse. Bem diferente da postura no caso Gabriela Anelli, onde um “torcedor” do Flamengo foi responsável pela morte, noticiada de maneira incessante; sempre exaltando que um torcedor causou o ocorrido.

Nas mãos do próprio Ministério Público e da Justiça, que nunca cobraram um esclarecimento, e nem mesmo punição quando se descobriu o assassino. Agora imaginem se uma pessoa pobre e negra tivesse feito a mesma coisa… O MP-SP parece mais preocupado em vetar mosaicos e em permitir que crianças sejam traumatizadas na porta dos estádios.

E que se diga o nome: Wesley Carvalho Dias da Silva.

E nas mãos do São Paulo Futebol Clube. Não satisfeito em desprezar a torcida com ingressos caros e um Sócio Torcedor deficitário, achou suficiente usar uma faixa de luto no clássico contra o Corinthians, e decretar 1 minuto de silêncio contra o Coritiba. Nenhuma nota oficial, nenhuma cobrança por justiça… nenhuma homenagem decente.

Como diz a música, Que País é Este?

Quantos torcedores precisarão ter o mesmo destino de Rafael Garcia para que alguma coisa seja feita?

Acesse a reportagem sobre o caso no link: https://spfc24horas.com.br/um-ano-do-caso-rafael-garcia-uma-mancha-em-meio-a-festa/