Degustação azeda

As duas primeiras rodadas do Paulista, não foram felizes para o Tricolor.

Apesar de ser início de temporada e de campeonato, a degustação do futebol apresentado foi azeda.

Mostrou um time que bem desentrosado, sem volante, que não desarma e que demonstra ser bem frágil quando atacado.

É um ataque sem movimentação, sem triangulações, sem infiltrações e que chuta pouco de fora da área.

A única coisa boa foi que houve menos perigo nas bolas altas na área, mesmo sem Arboleda.

Esperemos que Rogério não fique obcecado e obsessivo quanto ao esquema de jogo.

Na época do Fortaleza, ele foi mudando seu esquema de acordo com os jogadores que tinha a disposição, conforme o clube contratava ele ia mudando.

Usou o 3-5-2, o 4-4-2, o 4-1-4-1, o 4-3-3 e até o 4-2-4.

Destaque: Rodrigo CorsiAg. Paulistão
Destaque: Rodrigo CorsiAg. Paulistão

 

Rogério, infelizmente, gosta do jogo posicional.

E o que é isso?

Jogo posicional é um esquema tático que oferece um estilo de jogo mais ofensivo, em que são valorizados a posse de bola, a formação de linhas de passe por todo o campo e movimentos coordenados entre todos os jogadores para chegar até o campo adversário.

Neste sentido, a posição dos jogadores vai variar, de acordo com a posição da bola e a do atleta na hora do passe:

Como o jogo posicional funciona a partir da posição da bola, os jogadores devem sempre ter em mente uma lógica de círculos imaginários ao redor dela.

Círculo/espaço de intervenção: seria o primeiro círculo ao redor da bola, com uma amplitude menor e na qual atua o jogador que está conduzindo;

círculo/espaço de ajuda mútua: circunferência maior e na qual atuam os atletas que estão próximos ao jogador que está conduzindo a bola. Eles vão ajudar a conduzir a bola, se aproximando e colocando o corpo virado para o jogador condutor;

Círculo/espaço de cooperação: círculo maior, que abrangeria toda a área do campo adversário e onde ficam os jogadores que devem fazer a defesa.

É importante ter em mente ainda que esses espaços e círculos se redesenham o tempo todo, de acordo com as jogadas ou intervenções do adversário. Em um contra-ataque, o círculo de intervenção vai passar a ser no seu campo de jogo, tentando minar a jogada do adversário e a recuperar a posse de bola. Os jogadores devem esperar a bola ir até eles, não o contrário, e ainda ter em mente que, com as mudanças dos círculos, todos terão a sua vez de participar do jogo.

Os participantes são:

Jogadores atuantes: conduzem a bola para atrair o rival ou a mantêm se não há opção de passe. Fazem o passe para o companheiro mais próximo;

Jogadores próximos: se apresentam como linha de passe, de preferência atrás da linha de pressão rival e dão continuidade ao jogo após receber a bola. Devem estar sempre bem localizados;

Jogadores distantes da bola: mantêm o rival ocupado em sua marcação, aumentam a amplitude da equipe/profundidade e oferecem linha de passe aguda.

Como vimos, o desenho em campo no jogo posicional no futebol é mais simples, mas exige grande entrosamento com a técnica por parte dos jogadores, porque esse desenho tático exige uma movimentação diferente, de acordo com a posição dos atletas em seus respectivos círculos e tentando evitar ir até a bola, mas esperando que ela venha até eles para que possam conduzi-la até o gol.

Explicação do jogo posicional retirado do site blog.unisportbrasil.com.br

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