Rebaixamento ou Libertadores?
Muito se tem discutido a manutenção de Crespo no comando técnico do Tricolor para 2022. De fato, a sequência “invicta” de 4 empates seguidos planta uma interrogação na cabeça do são-paulino para o final de temporada: Rebaixamento ou Libertadores? Hoje, eu diria que o São Paulo briga pelos dois! Afinal, seis pontos separam do temido Z4 e os mesmos seis separam do sonhado G6. A resposta portanto, irá depender da postura do São Paulo de Hernán nesta reta final de Brasileiro.
O SanSão:
Após o apito final do jogo de ontem, observamos um misto de sensações tomar conta dos 5.529 são-paulinos presentes no Morumbi. O time respondeu bem, porém, o resultado mais uma vez não veio. Entretanto, posso afirmar que gostei do que vi. Um time corajoso, trocando passes rápidos e com um ritmo de jogo gostoso de assistir. Quem compareceu ontem, pode afirmar, deu para matar a saudade de ver o Tricolor jogando! Incessante pela vitória e freado apenas pelo próprio preparo físico, o time de Crespo jogou como São Paulo.
Bom, mas porquê ele mereceria 2022 mesmo sem figurar a parte de cima da tabela uma única vez? Vou te apresentar minha versão e responder o porquê! Ontem foram vistos no Morumbi resquícios daquela garra mostrada no Paulistão deste mesmo ano. Garra essa, que coroou (merecidamente) o Tricolor campeão e acabou com a seca de nove anos sem títulos ao time do Morumbi! Ao que tudo indica, presenciaremos o nascimento de um trio que pode render bons frutos ao São Paulo: Luciano, Calleri e Rigoni. Se Crespo conseguir aumentar o entrosamento e deixá-los mais sincronizados dentro de campo, enxergaremos bastante qualidade técnica, raça e identificação com o clube. Em minha concepção, o técnico argentino merece sim 2022 em virtude do que já extraiu e do que pode extrair do atual elenco!
Projetando 2022:
Afinal, ficando para o próximo ano, teria o direito de fazer uma boa pré-temporada com o elenco, tempo para trabalhar com peças novas (Calleri, Gabriel Neves, Cotia e quem sabe, futuras contratações) e já estaria melhor adaptado ao futebol brasileiro e ao próprio São Paulo. Percebeu-se também um entendimento com as arquibancadas, acho que o time crescerá de rendimento agora com o apoio do torcedor! Por outro lado, se mandar embora, traz quem? Qual a garantia de demonstrar o mesmo futebol (ou melhor) já apresentado por Crespo?
Antes mesmo de a CBF causar uma turbulência com o calendário deste ano para os times brasileiros, o São Paulo de Crespo colecionava virtudes e enchia os olhos do torcedor e imprensa ao entrar em campo. Para mim, teria de tudo para repetir a dose ano que vem, dando prioridade para as competições certas. Paulista não é Copa do Mundo e nunca será. A necessidade do momento fez com que o SPFC o trata-se assim. O foco agora é trabalhar para impor aquele mesmo futebol já visto, em outras competições. Jogar fora a cartilha de todos clubes do Brasil de demitir e contratar treinador a todo momento e apoiar o homem que tirou o São Paulo da fila.