A situação do endividamento do São Paulo Futebol Clube ainda é uma preocupação mesmo com o aumento do faturamento e a melhoria nas receitas e despesas operacionais. O clube enfrenta cerca de R$ 340 milhões em compromissos de curto prazo até o final desta temporada, o que demanda esforços para honrar essas obrigações cotidianas.
A estratégia para melhorar a situação financeira do clube passa por prolongar a dívida e, se possível, reduzi-la para um patamar mais confortável. A distribuição do endividamento do São Paulo por vencimento mostra que há uma concentração de dívidas de curto prazo, ou seja, compromissos que devem ser quitados em menos de um ano, o que inclui dívidas bancárias com juros altos, que comprometem as receitas do clube, dadas em garantia.
As dívidas bancárias foram contraídas junto a instituições financeiras como Tricury, Rendimento, Daycoval, Bradesco e BTG. Além disso, o São Paulo também possui parcelamentos fiscais, resultado de acordos feitos em programas como o Profut e o Perse, para refinanciar impostos não recolhidos. Esses parcelamentos têm prazos de pagamento que variam entre 60 e 145 parcelas.
As finanças do São Paulo — Foto: Infoesporte
As obrigações trabalhistas também compõem parte da dívida, o que inclui valores correntes relacionados ao presente, bem como acordos com ex-jogadores, treinadores e funcionários. Em 2022, o clube conseguiu reduzir essa parte da dívida em quase R$ 60 milhões.
A categoria “outros” engloba compromissos com fornecedores, agentes e outros clubes, sendo destacada pela quantidade de contratações de atletas que o São Paulo realiza. Isso inclui parcelas referentes a direitos federativos e econômicos adquiridos, bem como comissões devidas a empresários.
As contingências são compostas por ações judiciais movidas contra o São Paulo. Nessa categoria, entra o valor que, de acordo com o entendimento do departamento jurídico, é “provável” que será executado em processos nos quais o clube pode sofrer derrotas judiciais.
Diante desse cenário, a gestão do presidente Julio Casares enfrenta o desafio de equilibrar as finanças do clube, buscando opções para alongar e reduzir a dívida, bem como melhorar a capacidade de honrar compromissos e investir em projetos futuros.