Vagner Mancini foi anunciado como coordenador técnico do São Paulo no dia 2 de janeiro deste ano, cargo anteriormente ocupado por Ricardo Rocha. Logo em sua primeira entrevista, Mancini garantiu que em nenhuma hipótese assumiria a posição de treinador, que na época era de André Jardine. Acontece que o planejamento desastroso para a temporada fez com que ele não cumprisse com sua palavra. A eliminação precoce na Libertadores culminou com a demissão de Jardine, colocando o até então coordenador no comando técnico da equipe.
Mancini dirigiu o time por 47 dias, somando em nove jogos três vitórias, quatro empates e duas derrotas (48,1% de aproveitamento). A verdade é que tais números pouco importam diante da principal função do técnico interino, que era apagar o fogo e entregar um São Paulo nos trilhos para Cuca.
Dentro do curto espaço de tempo que teve, não era de se esperar que Mancini revolucionasse as questões técnicas e táticas do tricolor, mas o interino foi capaz de alguns feitos importantes: sacar medalhões que não estavam rendendo, dar oportunidade aos garotos da base, administrar conflitos internos e principalmente fazer do São Paulo um time mais competitivo.
A expectativa era que Vagner Mancini fosse até o final do Campeonato Paulista como treinador, mas Cuca assumirá antes do previsto. O questionamento que fica é: Com a evolução que o time vem demonstrando com Mancini, vale a pena o Cuca assumir agora?
Certamente é uma aposta arriscada, que depende do resultado em campo para ser avaliada. O que temos de concreto por agora é que Cuca estará no comando contra o Palmeiras, tendo Mancini trabalhando junto com o Cuca, inclusive pelo que foi relato assinará a súmula como treinador.
Acredito que o ciclo de Vagner Mancini no tricolor ainda não esteja perto de se encerrar, mas por agora, ele deixa o cargo de treinador com dever cumprido. O que virá no futuro não está sob nosso controle, mas é bom saber que ainda existem profissionais capacitados e comprometidos em mudar a atual situação do São Paulo.