Em último jogo antes da final da Copa do Brasil, o São Paulo foi ao Beira Rio enfrentar o Internacional pela 23ª rodada do Brasileirão e saiu derrotado por 2×1. O Tricolor começou vencendo com gol de Calleri em cobrança de pênalti e tomou os dois gols da virada no segundo tempo. Com o resultado, a equipe são-paulina foi ultrapassada na tabela pelo adversário e segue com a incomoda sequência de jogos sem vencer como visitante jogando pela competição nacional.
PRIMEIRO TEMPO
O jogo começou com o Internacional ditando o ritmo e pressionando o São Paulo, que enfrentou muitas dificuldades pra chegar ao campo ofensivo. Logo aos dois minutos, os mandantes já chegaram ao ataque com perigo, mas pararam em ótima defesa do goleiro Rafael. O São Paulo conseguiu equilibrar as coisas apenas após os 20 minutos, quando teve chance de perigo em cabeçada de Lucas Moura que parou em boa defesa do goleiro Keiller, do Internacional.
Com o jogo mais equilibrado e até com leve superioridade do São Paulo em alguns momentos, o gramado molhado e pesado dificultou as coisas e a partida foi de imposição física, poucos chutes ao gol e muitos erros de passe. Aos 42 minutos, o São Paulo chegou novamente com perigo em nova cabeçada, agora de Calleri, que parou na trave inferior esquerda. Quando tudo apontava para um empate, Alisson pressionou o goleiro Keiller, que ao longo da partida já tinha demonstrado insegurança no jogo com os pés, e sofreu um pênalti. Calleri cobrou no meio – e bem mal, mas contou com a sorte – e abriu o placar para o Tricolor, no último minuto da primeira etapa.
SEGUNDO TEMPO
Assim como aconteceu no primeiro tempo, o Internacional começou pressionando e num ritmo de imposição muito elevado, mas ao contrário do que fez nos 45 minutos iniciais, o São Paulo sucumbiu a pressão ao invés de neutralizá-la. Dorival voltou com Patryck no lugar de Caio Paulista, que voltou de lesão, e o jovem foi um dos que falharam na cobertura de Fabrício Bustos na jogada do gol de empate dos gaúchos.
O São Paulo seguiu muito desconecto e apático na partida e apenas olhava enquanto o adversário enfileirava chances de gol na sua área. Numa parte do jogo as estatísticas comprovavam isso, 9 finalizações do Internacional contra nenhuma do São Paulo. O gol da derrota veio num belo chute de René, fora da área, sem chances de defesa para o goleiro Rafael. Dorival promoveu algumas mudanças, já visando a final da Copa do Brasil, mas que não surtiram efeito no time. Nos 10 minutos finais, uma pequena pressão desordenada e causada especialmente pelo desespero com a possível derrota, mas o placar não mudou: Internacional 2 x 1 São Paulo.
NOTAS
Rafael – Fez boas defesas quando exigido, especialmente no 1ºT, e não teve grande culpa em nenhum dos gols sofridos, que contaram com falhas de marcação – Nota 5,5
Rafinha – Partida muito abaixo do lateral são-paulino, atrasado nos lances, mal posicionado e perdendo todas para os jogadores adversários – Nota 3
Diego Costa – O mesmo problema de sempre: oscila muito ao longo da partida. Começou o 1ºT mal e até levou um amarelo antes dos 20 min, depois estabilizou e fez bons cortes – Nota 4,5
Beraldo – Desempenho abaixo, como o do restante do time, errando mais do que o normal para ele. Não mostrou tanta segurança como em outros jogos, mas evitou alguns lances de perigo do adversário – Nota 4,5
Caio Paulista – Voltou de lesão e estava claramente fora de ritmo e com receio e insegurança de ir até o final de alguns lances. Não teve grande destaque, positivo ou negativo, saiu no intervalo – Nota 3,5
Pablo Maia – Partida muito aquém do que já mostrou em outros momentos da temporada, atrasado nos lances, erros de saída de bola e atrasando o jogo com toques improdutivos – Nota 3
Alisson – A atuação no 1ºT foi ok, teve boas participações no setor ofensivo, como na jogada que originou o pênalti para o São Paulo, não desistiu do lance. No 2ºT teve uma queda no desempenho como o restante do time – Nota 5,5
Wellington Rato – Bem na primeira etapa, quando, junto com Lucas, era o único jogador que tentava lances ofensivos e fugia do pragmatismo dos toques para trás. No 2ºT errou bastante – Nota 4,5
Lucas – O Lucas é diferente e mostra isso todo jogo. Toques rápidos e ações sempre buscando o gol. Não foi o jogo mais confortável para ele, que teve que iniciar e concluir os lances em alguns momentos, mas queria jogo e tentou bastante – Nota 6
Luciano – Muito apagado na partida e com muitos recuos para a defesa, não ofereceu grandes opções de jogada e nem esteve bem posicionado na área para finalizar. Muito abaixo – Nota 3
Calleri – Gol de pênalti (mal batido, mas marcou) e boa cabeçada, que parou na trave. Não fez uma boa partida, mas também não comprometeu – Nota 5,5
Dorival Jr – Entrou com uma escalação competitiva, mas suas mudanças demoraram e não surtiram efeito. É difícil apontar culpa do técnico no contexto de jogo pré-final, mas a postura do time fora de casa no Brasileirão se repete sem que ele consiga mudar isso – Nota 3
Os que entraram durante a partida
Patryck – Entrou muito mal na partida, um pouco confuso e afobado nos lances. Falhou no gol do Inter, olhou para um lado e o adversário chegou pelo outro – Nota 2
Michel Araújo – Entrou relativamente bem e tentando atacar, teve uma boa chance que parou na defesa do goleiro adversário – Nota 3,5
Nestor – Entrou muito apagado no jogo, fez pouca diferença e errou alguns lances – Nota 3
Nathan – Entrou nos 15 minutos finais para tentar conter o ímpeto do ataque adversário, mas não teve tanto tempo para fazer a diferença – S/N
Pato – Pouco acionado – S/N
BOLA CHEIA
Em jogos como esse, com dois tempos tão ruins, é até difícil apontar pontos positivos. A volta de Caio Paulista é um ponto positivo, mesmo que na partida não tenha surtido efeito. Já avaliando a partida em si, Lucas Moura, Alisson e Calleri. O primeiro é diferente e mostra isso em poucas jogadas. O segundo demonstrou vontade num lance onde outros talvez não pressionassem o goleiro. O último voltou a marcar depois de um tempo – e eu torço para que sirva para voltar a confiança e uma boa fase.
BOLA MURCHA
O desempenho patético do time nas partidas fora de casa no Brasileirão. Consigo contar nos dedos de uma mão os jogos minimamente decentes que o time teve como visitante. Sempre com uma postura sonolenta e apática, esperando o adversário fazer o que bem entender para só depois tentar algo. Faz o gol e se contenta com o resultado. Toma um gol e não muda a energia nas jogadas.
Entendo que o fator final tira completamente o foco de um jogo de pontos corridos, mas essa campanha fora de casa vem desde as fases iniciais das copas. O São Paulo escolheu priorizar os torneios mata-mata, ok, sem problemas, mas não pode se dar ao luxo de largar o Brasileirão mais uma vez. Nem despejar toda a sua energia e nem nenhuma energia. É necessário equilibrio, tanto nas competições quanto nos jogos, sejam eles dentro ou fora de casa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O São Paulo vai para a final mais importante dos ultimos tempos e está a dois jogos da possibilidade de construir um capítulo inédito em sua história. Não vai faltar apoio. Não vai faltar energia positiva e os melhores pensamentos para que os jogadores faças as duas melhores partidas de suas vidas. Que os erros de hoje sirvam de lição do que não fazer nos próximos dois domingos. Vamos, São Paulo!
Se não mudar o time para Domingo ,vamos perder o título, Alisson é banco nesse elenco, Caio Paulista fora de forma, Pablo Maia está mal já faz tempo, a dupla de ataque é Lucas e Caleri, entraria domingo: Rafael, Rafinha, Arboleda , Beraldo, Wellingthon , Luan, Gabriel Neves, Nestor, Rato, Lucas e Caleri, temos que voltar vivos e esse time é competitivo e marca melhor.