Com atuação categórica, São Paulo vence a primeira no Brasileirão (Reprodução: São Paulo FC/X, Twitter)
Duas semanas depois, enfim o alívio. E dessa vez, um alívio carregado de esperança: dominante, o São Paulo faz seu melhor jogo de 2024 e passa por cima do Atlético Goianiense, fora de casa. 3 x 0 que saiu barato.
O 1º tempo já indicava um ótimo presságio: mesmo como visitante, o São Paulo começou bem a vontade, aproveitando a marcação baixa do Atlético. Aos 14 minutos, André Silva recebeu na direita, cruzou “com as mãos”, e Calleri estava bem posicionado pra conferir e abrir o placar, de cabeça. Não fossem algumas decisões erradas, poderíamos ter resolvido o jogo antes do intervalo, o Atlético não oferecia perigo nenhum.
No 2º tempo, o começo dos sonhos: em falta levantada pra área, aos 5 minutos, Luciano levou uma cotovelada, e o zagueiro Luiz Felipe foi expulso, após chamado do VAR. O próprio camisa 10 chamou a responsabilidade, e mesmo batendo mal, converteu pra ampliar. Pouco depois, Gabriel Barros também foi expulso, deixando o São Paulo com dois a mais, e em plena tranquilidade. Aos 27min, Rodrigo Nestor e Ferreirinha entraram, e liquidaram a fatura: passe do camisa 11, linda jogada do atacante, e bola na rede. Triunfo categórico, deu gosto de ver, e saiu barato.
Notas:
Rafael – Teve o benefício que nem sócio diamante recebe: assistir ao jogo dentro de campo. Podia até tomar um cafezinho com tanta tranquilidade. 6.0
Alan Franco – Nas poucas vezes que precisou trabalhar, cumpriu seu papel. Seja com 3 ou 2 zagueiros, ele é titular da defesa hoje. 8.0
Arboleda – Mais uma vez, xerife da zaga. Também trabalhou pouco, e com eficiência. 8.0
Diego Costa – Completou a grande atuação da zaga. Infelizmente, não sabemos se essa atuação vai se repetir nos próximos jogos. 8.0
Igor Vinicius – Apareceu muito bem no ataque, pecou em algumas tomadas de decisão e execuções. Teve até chance de guardar o seu. 7.0
Pablo Maia – Já foi mais participativo do que hoje. Por outro lado, quando recebeu a bola, tentou bem. 6.0
Alisson – Apareceu menos do que Pablo Maia, discreto em campo. Hoje, vamos falar em “menos melhor” do time. 4.0
Luciano – Participativo e peça chave da criação, jogando como um verdadeiro armador. A cotovelada sofrida mostrou como a defesa o procurou, até demais. 9.0
Welington – Também ajudou no ataque, criando um pouco menos do que Igor Vinícius. Jogou o suficiente. 6.5
André Silva – Só faltou o gol, partida espetacular. Sobrou vontade em campo, temos tudo para formar um ataque poderoso, como Luciano e Calleri. 8.0
Calleri – Basta uma bola em boas condições, e ele dá um jeito de resolver. Deu uma aula de centroavante, escapando da marcação na área pra testar de cabeça. 9.0
Rodrigo Nestor – Entrou aos 27min do 2º tempo, e na primeira bola criou o lance do 3 x 0. Estando 100%, é titular sem contestação, 8.0
Ferreirinha – Ninguém gosta de novela no futebol, mas essa valeu muito a pena. Depois do primeiro gol, deslanchou, e retribuiu o grande passe de Nestor, com um grande lance. 8.0
Galoppo – Entrou nos últimos minutos, ainda não é possível exigir que entregue grandes atuações. Pouco tocou na bola. 5.0
Michel Araújo – Entrou já na reta final, ao lado de Bobadilla, mais para cumprir o tempo regulamentar. Deu um passe promissor para Luciano na área. 7.0
Bobadilla – Fez apenas número em campo, o que não é uma crítica. O time já havia baixado o ritmo com o jogo resolvido. 6.0
Milton Cruz – Mais uma vez, confirmou o retrospecto de um bom quebra galho. Em poucos dias e sabendo que não vai ficar no comando, transformou o time, e entrega a Luis Zubeldia um terreno para virada de chave no ano. 8.0
Nota geral – O mesmo futebol que tanto apresentamos no Morumbis em 2023, foi apresentado hoje, e fora de casa; até mesmo com algumas chances perdidas. A primeira vitória logo espanta o fantasma de não vencer como visitante, e adaptando a velha música da arquibancada, o futuro é promissor. 8.0
Bola cheia:
Imposição – O Atlético colaborou um pouco, é bem verdade. Mas o São Paulo soube aproveitar isso, colocou o jogo debaixo do braço e fez o que quis em campo. Uma goleada seria até mais justa.
Luciano – A ideia de colocá-lo como meia sempre foi contestada, e com razão. Hoje, surpreendeu em campo, mostrando até o autocontrole que prometeu, ao não reclamar da cotovelada.
André Silva – Um verdadeiro achado no mercado, chegou como reserva do Calleri e tem tudo para virar titular. Nem sempre a vontade é suficiente num jogo, mas não deixa de dar uma ótima impressão. Hoje ela foi, e muito
Bola murcha:
Chances perdidas – Até nisso, repetimos o roteiro de 2023. Não foram poucas as derrotas com o time criando, produzindo mais que o adversário, e caindo na falta de eficiência; hoje, o jogo podia ter sido resolvido antes do intervalo. Não é bem uma crítica, porém, precisa de uma atenção. Para seguir no rumo dos títulos, eficiência é primordial.
Alisson – Precisa voltar ao nível do ano passado, Bobadilla é uma sombra que vem merecendo cada dia mais a titularidade. Pablo Maia ensaiou uma recuperação hoje, agora é sua vez.
João Silvino
(YouTube: João Silvino)
