Wellington, jogador que pertence ao São Paulo e hoje está emprestado ao Vasco, atuou por sete anos no Tricolor e contou um pouco ao UOL Esporte sobre sua frustração ao ser impedido de sair do São Paulo e ao mesmo tempo não atuar em nenhuma partida sob o comando de Rogério Ceni.
– Eu sou um atleta que quero competir, sou muito competitivo, então quero sempre estar no bolo. Não vou pedir para me colocar de titular, isso vou brigar no dia a dia mostrando minha qualidade, mas quando você vê que não tem oportunidade, tem que procurar novos ares, e foi o que fiz. Em janeiro o Fluminense veio muito forte, me queria, e o próprio Ceni não me liberou. Depois de mais ou menos quatro meses pude ver que não ia ganhar oportunidade e pedi para me liberar. Os dois tiveram muito interesse de me contratar (Fluminense e Sport), mas o São Paulo não liberou e, ao mesmo tempo, não me deu oportunidade. Então fiquei meio sem entender e pedi para sair, não queria atrapalhar ninguém e nem o grupo. Quando o jogador não está jogando fica triste, e eu ficava muito porque queria ajudar – lamentou o volante.
Mesmo que quisesse sair, o jogador seguiu no São Paulo com a esperança de receber uma oportunidade com Rogério Ceni de técnico e mostrar seu trabalho ao comandante, para que assim pudesse se firmar na equipe. Mas isso não aconteceu e o jogador conta que ele teve de tomar a decisão.
– Minha admiração é muito grande com ele enquanto atleta, mas como técnico eu não tive nenhuma oportunidade de mostrar meu trabalho para ele. Apesar de estar treinando em alto nível, ele teve outras escolhas, mas isso acontece com qualquer treinador e grupo. Então, por isso, optei por sair. Quando tive a oportunidade, eu procurei conversar sinceramente com ele para ter oportunidade de jogar no Vasco e fazer meu trabalho. – revelou.
Wellington comentou ainda sobre a má fase que o São Paulo viveu neste ano – e ainda vive, ainda que menos -, na qual o clube sofreu sério risco de queda para a Série B.
– É uma situação ruim. O São Paulo não merece cair de forma alguma. É um clube que sempre está disposto a fazer o melhor para o atleta, cumpre com seus compromissos, tem uma história gigante. Torço para que não aconteça o pior, que o clube saia desta situação, mas que o Vasco, quando for jogar contra, possa fazer o melhor para entrar na Libertadores – contou o jogador, que no ano de 2016 participou de toda a temporada, na qual a equipe chegou a semi-final da Libertadores e depois lutou para não cair no Campeonato Brasileiro.
O São Paulo enfrentará o time de Wellington no próximo dia 12, no São Januário, ás 17h. No primeiro turno, após uma sequência de nove jogos sem vencer, o Tricolor levou a melhor diante do Vasco, vencendo a partida por 1 a 0, com gol de Lucas Pratto.
O empréstimo do jogador ao Vasco termina em 2018 e, sem saber o desejo de seu atual time, o São Paulo segue contando com a sua volta em 2018. Caso o Vasco garanta uma vaga na Libertadores, é possível que tentem prorrogar o empréstimo ou até mesmo comprar Wellington, que nunca convenceu a torcida Tricolor com seu futebol, ainda que tenha sido titular na equipe campeã da Sul-Americana de 2012.