Após a derrota na final do Paulistão 2019, o técnico Cuca conversou com a imprensa e avaliou a derrota, projetou o futuro do São Paulo na temporada, daqui em diante será o técnico ‘sozinho’ do time.
Avaliação do jogo
“Hoje nós marcamos bem, mas não jogamos do meio para frente. Não nos movimentamos como se deve fazer. O próprio Corinthians estava conformado com o empate, era uma falta na lateral esquerda, meu goleiro foi bater, jogando o time para frente. E nós fomos pegos no contra-ataque aos 43 do segundo tempo, coisas que daqui a dois, três anos, com esse time, não vai mais acontecer. Estávamos postados no campo de ataque, se estivéssemos numa retranca ferrenha não tomaríamos o gol.”
Adversário premiado com o gol?
“Se for ver o segundo tempo, o Corinthians não teve uma chance clara de gol, um domínio… Mas nós também não fizemos muito para merecer a vitória. Era jogo para empate. Acabou que, no final, o Corinthians acabou sendo premiado com esse gol”.
Mudança
“Entendemos que seria o melhor para ter mais criatividade pelo meio, com Reinaldo ao lado do Luan, e também pelo lado, com o Léo descansado. Mas depois de alguns minutos o Everton pediu para sair e o Luan teve problema no adutor. Tive que equilibrar com o Willian para proteger o Luan, que estava com problema. Numa normalidade, a troca seria a entrada do Nenê, com o Igor Gomes indo para o lado esquerdo e dois atacantes. Eu tinha que tirar um, e o que estava em pior estágio clínico era o Everton”
Quebra de protocolo
“O protocolo a gente não sabe. Ficaram ali os jogadores esperando, aí quando fomos ver cinco (atletas) já tinha entrado no vestiário. Mandamos buscar (os jogadores), mas demorou muito. Nessa hora, o jogador está muito sensível, tomou o gol em cima da hora. Tinha jogador chorando”.
“A arbitragem foi antes (receber os prêmios), aí o pessoal resolveu entrar (no vestiário). Mas não foi desrespeito, não. Muito pelo contrário”.
Elencos
“O Corinthians usou três centroavantes, um deles fez o gol, a gente não tinha uma referência. O Brenner não é centroavante, é atacante como o Helinho, o Igor. O São Paulo fez uma grande final, a gente esperava sair campeão. Agora é pegar o que vimos de melhor e reagrupar para iniciar o Brasileiro. Os meninos têm um dia só para ficar sentidos. Vamos trabalhar com jogadores para estrear e as coisas melhorarem.”
Sequência no trabalho
“O que fiz foi dar sequência ao trabalho do Mancini. Esteve comigo em todos os jogos, trocas, escalações, formamos uma parceira em cima desse final de campeonato. Hoje estou respondendo a tudo, se tivéssemos ganhado eu o queria ao meu lado pelo mérito que teve da recuperação. De agora em diante entra um trabalho solo meu, com coisas de acordo com o que eu imagino mais. De jogar com jogadores que atuam em uma, duas ou três posições, ter variações táticas. Tudo isso requer tempo, não faz em duas ou três semanas. Teremos nove rodadas no Brasileiro, mas depois tem parada de 30 dias para a Copa América. Temos que arrancar bem para depois dar uma equilibrada geral no elenco e fazer um grande campeonato.”
Decepção na derrota
“Era jogo para empate, acabou o Corinthians sendo premiado numa falta nossa, que batemos, perdemos a segunda bola e nos posicionamos mal. Dói muito, a gente queria muito dar o título para o torcedor, pedimos desculpas, mas precisamos do torcedor para começar o campeonato sábado forte. São meninos de 18, 19 anos, entrando numa batalha diferente de campeonatos de juniores. Estão medindo forças com jogadores importantes e tendem a evoluir, assim como nosso grupo com mais opções.”
Sequência na temporada
“Alguns jogadores provavelmente não atuarão no sábado, estão sob desgaste muito grande. São meninos de 18, 19 anos entrando em batalhas diferenciadas. Ano passado estavam jogando Copinha, hoje estão medindo forças com jogadores experientes de Santos, Corinthians, Palmeiras. O grupo vai evoluir agora com as novas opções que vamos ter (no Brasileiro)”.
Fé na base
“Esses meninos vão evoluir muito, mesmo na dor que estão sentindo. Queriam muito ganhar esse título para os torcedores. Não foi possível, mas o torcedor tem que entender que eles foram no limite máximo”
Pato
“O Pato está treinando como centroavante, ele vai ser o nosso 9. Ele vai ser o nosso centroavante. Os lados do campo a gente tem, falta esse jogador. Ele vai ser esse jogador para nós.”