Antes de mais nada, é com muita alegria que venho escrever este texto aqui no SPFC24Horas, onde lá em 2020 abriu as portas para meu começo no jornalismo. Voltar três anos depois, em um dos momentos mais importantes da história do São Paulo, é algo que me deixa muito feliz e esperançoso na conquista do título inédito da Copa do Brasil, e sei que aqui fiz grandes amizades para o resto da vida.
Depois dessa introdução, vamos ao assunto que é o título desta nota: é o jogo mais importante depois daquele Tricolor 4 – 0 Atlético Paranaense em 2005?
Ao meu ver, a resposta é sim. Depois de quase 20 anos, é claro, sem contar as comemorações do tri no Brasileirão em 2006, 2007 e 2008, o Tricolor viveu uma das piores fases de toda a sua história, onde beirou o temido rebaixamento, eliminações inesperadas e inacreditáveis, perder um campeonato ganho por diversos problemas e erros do treinador “perninha, mascaradinho”, ser derrotado por um time de escola, enfim…
E se pararmos para pensar um pouco, essa final parece até um filme de drama com emoção no final e muito choro, mas que pode terminar feliz.
Desde aquela partida contra o Sport, onde parecia tudo ganho depois de vencer por 2 a 0 na Ilha do Retiro, o caminho para a grande decisão seria muito árduo, onde poderia ter pela frente dois clássicos, tabu em jogo, péssimo rendimento fora de casa e derrotas vergonhosas, e o sonho da taça da Copa do Brasil poderia ficar cada vez mais distante.
Passa no sufoco pelo Leão da Ilha no Morumbi, depois de perder por 3 a 1 no tempo normal, e logo de cara vem o Palmeiras nas quartas de final, onde teria que buscar a classificação em pleno Allianz Parque. Consegue!
Logo depois, o Corinthians, e mesmo depois de não conseguir quebrar o tabu por erros técnicos e deixando Renato Augusto fazer o que queria em Itaquera, Wellington Rato e Lucas Moura consagram o Tricolor e levam a equipe novamente para a grande final.
Antes mesmo do jogo no Maracanã, já era de se pensar que esse se tornou o jogo mais importante dos últimos anos. Isto acontece pelo simples fato de ser a única competição que o Tricolor ainda não conquistou o troféu, e depois daquela tragédia em 2000 no Mineirão, chegou a hora de não parar somente em cima da linha graças ao goleiro adversário.
Domingo, desde logo cedo, o Morumbi tem que pulsar assim como foi nas finais da Libertadores de 1992, 1993 e 2005.
Nas conquistas do Brasileirão de 2006 e 2007, que a partida da conquista foi em casa.
Na final da Sul-Americana em 2012.
Em todas as noites de Copa.
Em todas as tardes que o São Paulo levou não só 70 mil para dentro do estádio, mas uma multidão nos entornos, e 20 milhões de corações pulsando por essa camisa vermelha, branca e preta.
Que a moeda novamente caia em pé, e esse tão sonhado título venha.
Vamos, São Paulo!
Por Christopher Henrique | @oChrisHenrique